Espanha – Chile (Mundial 2014)
Se houve quem falasse de final antecipada quando a Espanha encontrou a Holanda, em boa parte por se repetir o decisivo encontro de há quatro anos, ninguém terá sequer imaginado que La Roja saísse desse encontro com uma goleada de 1-5. Um saco bem cheio de golos e uma exibição para esquecer, naquela que foi a mais pesada derrota de sempre de um campeão em título. Assim que, passando da metáfora para a dura realidade, a Espanha acaba por enfrentar uma final antecipada frente ao Chile, num jogo onde a vitória é obrigatória, pressão elevada para manter alguma esperança de continuação em prova nos oitavos-de-final. Uma derrota frente aos chilenos e poderão os espanhóis reservar a hora e o voo de regresso a casa.
O grande desafio que Vicente del Bosque tem neste encontro é o de promover as alterações necessárias para vencer, sem que, com isso, perca algum jogador, que assuma para si maior dose de culpa da derrota no primeiro encontro. Casillas, como foi admitido pelo técnico, terá dado esse passo no balneário, mas o selecionador de Espanha sabe que as falhas não foram individuais, nem o resultado representa o real valor dos jogadores que tem ao seu serviço. Assim que é de prever que o próprio Casillas, Sérgio Ramos, Xabi Alonso e Sérgio Busquets se mantenham como peças fortes do onze de nuestros hermanos, com Xavi a ser um dos nomes que poderá ter mais probabilidade de ficar de fora, pedindo-se uma maior intensidade na saída da bola. Outra questão prender-se-á com o lateral-direito, onde Juanfran poderá, frente ao Chile, usar de maior vocação ofensiva, ficando a dúvida sobre a utilização de Diego Costa, que foi um pouco um peixe fora de água na partida frente à Holanda, mas que não terá um substituto à altura no grupo. David Villa é visto como terceira opção e a solução do falso nove num jogo onde o Chile deverá utilizar uma defesa bem fechada poderá não ter aplicação nesta partida.
Onze provável: Casillas – Juanfran, Sérgio Ramos, Piqué, Jordi Alba – Xabi Alonso, Sérgio Busquets – Pedro, Iniesta, Mata – Diego Costa.
Para o Chile, depois de uma boa vitória frente à Austrália, defrontar uma Espanha à beira de uma crise de nervos é visto como uma oportunidade para poder afastar um concorrente na luta pelos oitavos-de-final. Jorge Sampaoli é um mestre tático e preparará, para este encontro, uma solução de recuo das suas linhas defensivas, apostando forte na capacidade de passe de Valdívia, explorando a velocidade dos seus jogadores mais avançados. Vargas poderá ceder o seu lugar a Beausejour, já com esta ideia, para acompanhar Alexis Sanchez nas linhas da frente. Arturo Vidal ganhou ritmo no jogo de sexta-feira passada e terá agora o seu momento para oferecer algo mais à equipa, em termos de intensidade defensiva e também aposta na saída para a transição. O Chile tem o talento e os jogadores para manter a Espanha em sentido, tendo apenas que retificar algum do posicionamento dos seus defesas-centrais, com Gary Medel a revelar dificuldades perante jogadores mais possantes. Mas, na baliza, Cláudio Bravo promete também estar à altura dos acontecimentos.
Onze provável: Cláudio Bravo – Isla, Jara, Medel, Mena – Vidal, Marcelo Diaz, Aranguiz – Valdívia – Alexis Sanchez, Beausejour.
No último Mundial, a Espanha teve algumas dificuldades frente aos chilenos, mas acabou por vencer por 2-1. Esse resultado seria já uma forma de mostrar alguma confiança no grupo espanhol.
Espanha | 2-2 | Chile | Amigáveis 2013 |
Espanha | 3-2 | Chile | Amigáveis 2011 |
Chile | 1-2 | Espanha | África do Sul 2010 |
Espanha | 3-0 | Chile | Amigáveis 2008 |
Mas, na verdade, exige-se que a Espanha dê, neste jogo, muito mais. Talvez a um ponto que os espanhóis não tenham condições de ir. Sem que a toalha possa ser deitada, já, ao chão, e não negando que a Espanha até pode ainda chegar ao título, a verdade é que, para chegar lá, não será sem dificuldades.
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