Benfica
Fundado a partir da união de dois grupos de amigos lisboetas a 28 de Fevereiro de 1904 o Sport Lisboa, como se chamava numa fase inicial, teve o seu primeiro campo na Quinta da Feiteira. Devido aos problemas financeiros desta fase inicial, vários jogadores trocaram o Sport Lisboa pelo Sporting, dando-se assim inicio a uma rivalidade que se confirmaria eterna. Com vista na resolução dos problemas financeiros, o Sport Lisboa fundiu-se em 1908 com a equipa de ciclismo Grupo Sport Benfica, dando assim origem ao actual nome – Sport Lisboa e Benfica, e introduzindo-se a roda de bicicleta ao emblema do clube que inicialmente era apenas uma águia. Apesar desta união as dificuldades financeiras não foram extintas e durante alguns anos o clube não teve um campo fixo.
Em 1917 o clube chega ao campo de Benfica, onde, em 1919 é realizado o primeiro jogo nocturno em toda a Península Ibérica. Em 1925, já com algum poder económico o clube compra terrenos nas Amoreiras e passa a ter um campo próprio com capacidade para 15.000 espectadores, onde ganha os primeiros títulos nacionais.
Já com algumas glórias, o clube consegue, com o apoio de muitos associados, em 1954 erguer o seu primeiro estádio – Estádio da Luz, com capacidade para 30.000 pessoas. Nesta mesma altura chega ao clube o técnico brasileiro Otto Glória que se mostra determinante para o progresso do clube, visto que trazia consigo cultura futebolística, profissionalismo e métodos de treino. É nesta fase que o Benfica começa a fazer frente ao Sporting e logo na época de 54/55 vence o campeonato, título que era ganho pelo Sporting há 4 anos consecutivos.
Em 1960 é acrescentado um terceiro anel ao estádio, expandindo assim a capacidade de assistência para 70.000 lugares. É também neste ano que chega ao clube, vindo do rival do norte – FC Porto, o treinador húngaro Béla Guttman que viria a ter um impacto imediato, levando o clube a conquistar logo nesse ano a primeira das duas Ligas dos Campeões vencidas pelas “águias” em toda a sua história. Este título ganho frente ao Barcelona por 3-2 viria a confirmar também José Águas como o melhor marcador da competição com 11 golos.
Logo no ano seguinte, ainda sob as ordens de Guttman, o clube viria a conquistar novamente a Liga dos Campeões, desta feita contra o Real Madrid, por 5-3, já com o histórico Eusébio na equipa e com José Águas a ficar novamente no topo da tabela de marcadores da competição. No final deste jogo Béla Guttman decide afastar-se do comando técnico do clube acabando por dizer que o clube não voltaria a vencer a competição nos 100 anos seguintes. A maldição vai-se verificando e o Benfica não voltaria a conquistar nenhuma Liga dos Campeões nos anos seguintes, mas a nível nacional não se cansava de coleccionar títulos e na época de 72/73 fez mesmo aquilo que nunca nenhum clube português tinha feito – venceu a Liga Portuguesa sem qualquer derrota, somando 28 vitórias e apenas 2 empates.
Em 1983 chega mais um técnico determinante para a equipa – Sven Goran Eriksson, um sueco, jovem e com uma grande visão futebolística, leva o clube a vencer todas as competições nacionais e chega ainda à final da Taça UEFA que acabou por perder para o Anderlecht. No ano seguinte o clube volta a vencer o campeonato e Eriksson troca o SLB pela Roma no final da temporada.
As épocas seguintes verificaram-se difíceis e o clube não venceu nenhum dos dois seguintes campeonatos, mas apesar disso a construção do terceiro anel do estádio foi concluída, dando ao estádio a impressionante capacidade de 120.000 espectadores.
Na época de 86/87 o Benfica sofre o seu maior desaire ao perder com o Sporting por 1-7, mas acaba por vingar-se acabando o ano no primeiro lugar do campeonato.
Os anos 90 mostraram-se duros para o clube que chega ao novo milénio bastante abaixo de forma e acaba a época 2000/2001 num francamente mau, sexto lugar.
Em 2004, e já com Luís Filipe Vieira na direcção o clube inaugura o seu novo Estádio da Luz com capacidade para cerca de 65.000 pessoas. Este ano ficou também marcado pela morte de Miklós Feher, jogador do clube que sucumbiu durante o jogo Vitória de Guimarães – Benfica para o campeonato.
Em 2004/2005 o clube volta finalmente a vencer o campeonato, sob as ordens do experiente italiano Giovanni Trapattoni, sendo este o mais importante título do técnico enquanto dirigiu o clube até 2007. Nos dois anos seguintes o Benfica pouco venceu até que na temporada de 2009-2010 chega, vindo do Sc. Braga, Jorge Jesus, que logo nessa época vence o campeonato e trás as grandes exibições de volta à Luz voltando a motivar a massa associativa, considerada uma das maiores do mundo.
Infelizmente para os mais de 245000 sócios, o clube não voltou a vencer o campeonato, mas as grandes exibições mantêm-se e o Benfica tem vindo a ser, a par com o FC Porto, considerado um dos favoritos à conquista do título de campeão nacional.