Em Tóquio, João Sousa apurou-se para a segunda ronda do Open do Japão ao bater o seu habitual companheiro de pares, Martin Klizan. Mas acabou por lhe sair a fava. Para seguir em frente no torneio o português terá que afastar do caminho o ídolo da casa, primeiro cabeça-de-série e número cinco mundial, Kei Nishikori. Sousa terá que fazer jus ao cognome de Conquistador.
Primeiro cabeça de série no caminho de Sousa

Os deuses do ténis não colaboraram e para seguir em prova Sousa terá que passar por Nishikori, primeiro cabeça-de-série do torneio.
Esta madrugada o português João Sousa, trigésimo quarto do ranking ATP eliminou o homem que o precede na hierarquia para chegar à segunda ronda do ATP 500 de Tóquio. O vimaranense precisou de duas horas em court para levar a melhor sobre o eslovaco Martin Klizan (4-6, 6-3, 6-3), seu habitual parceiro na modalidade de pares.
Em 2015, a sua primeira participação no Open do Japão, João Sousa ficou-se pela segunda ronda, tendo fraquejado diante do norte-americano Austin Krajicek, um adversário que devia ter sido acessível para o português, depois de passar por Feliciano López. Desta feita, o português não terá a mesma sorte.
De facto, Sousa tirou a fava. Saiu-lhe ao caminho o pior adversário possível. Na madrugada de terça para quarta-feira vai ter que ultrapassar Kei Nishikori para seguir em frente no torneio nipónico. É só o quinto tenista mais cotado do circuito profissional, primeiro cabeça-de-série do ATP de Tóquio e um verdadeiro ídolo no seu país natal.
A habitual temporada asiática, que termina na próxima semana com o Masters 1000 de Xanghai, trás sempre boas memórias ao melhor tenista português. Foi em Kuala Lumpur que João Sousa conquistou o seu primeiro título de carreira no circuito ATP, há três anos, quando venceu Julien Benneteau.
Ser filho da casa também pesa
Nishokori estava preparado para enfrentar Nicolas Almagro mas o espanhol teve que abandonar o torneio devido a doença. O estado-unidense Donald Young foi repescado do qualifying e conseguiu surpreender o japonês, reclamando o primeiro set. Mas depois do impacto inicial Nishikori aplicou-se a sério e venceu os parciais seguintes com naturalidade (4-6, 6-2, 6-2). Ele mesmo reconheceu que o americano entrou muito agressivo, talvez beneficiando do ritmo competitivo de quem já tinha vindo da qualificação, e que precisou de fazer correções nas pancadas, mais profundas e com mais top spin para ganhar ascendente.
O tenista japonês procura vencer o Open do Japão pela terceira vez, depois de se ter sagrado campeão em Tóquio em 2012 e 2014, em ambas as ocasiões batendo na final o canadiano Milos Raonic em três sets. No ano passado Nishikori caiu na meia-final, frente ao francês Benoit Paire (1-6, 6-4, 6-2), depois de ter ultrapassado Marin Cilic na eliminatória anterior. Apesar de viver nos Estados Unidos há muitos anos, onde treina e se prepara, Kei Nishikori continua a ser uma dos maiores ídolos no Japão atual, assim como em toda a Ásia. Se bem que sirva de motivação também já se percebeu que por vezes representa uma pressão extra para o tenista.
Na próxima semana arranca o Masters de Xangai e Nishikori está em excelente posição para garantir o seu lugar na final do Worl Tour, em Londres.
Boas Apostas!