Sporting Clube de Braga e Vitória Sport Clube, os dois representantes nacionais nesta fase de grupos da Liga Europa 2017/18, mantiveram as respetivas aspirações à passagem bem intactas antes das últimas duas jornadas desta fase. Os “Guerreiros do Minho” foram à Bulgária empatar com o Ludogorets (1-1) e ficaram a uma vitória da próxima fase; Para os “conquistadores”, depois de uma vitória histórico no Castelo frente ao Marselha (1-0), as contas não são tão simples.

Foto: "EPA"

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Os bracarenses foram os primeiros a entrar em campo na tarde/noite de Liga Europa. Apoiados por cerca de uma dezena de adeptos em Razgrad, cidade búlgara que fica geograficamente mais próxima da capital romena Bucareste que de Sófia, os “guerreiros do Minho” não foram capazes de “vingar” o desaire da jornada anterior diante deste mesmo adversário, por duas bolas a zero, na Pedreira.

Sem Abel Ferreira no banco de suplentes, técnico castigado, o Braga não entrou da melhor maneira no jogo e permitiu que a equipa da casa fosse sempre mais perigosa durante a primeira parte, apresentando-se mais vertical e predisposta a atacar a baliza portuguesa – Lukoki chegou mesmo a marcar mas estava em posição irregular. O Ludogorets também estava longe de se encontrar a fazer o melhor jogo desta sua campanha europeia, numa partida disputada a um ritmo médio/baixo, mas o golo acabou por sugir. Aos 68 minutos, após defesa de Matheus, Marcelinho abriu o ativo. Em desvantagem, o Braga mudou a “cara” e viu-se obrigado a assumir muito mais. Cerrou fileiras, procurou acercar-se da área contrária com maior regularidade e acabou por “colher os frutos” dessa subida de produção quando, a sete minutos do fim, o brasileiro Fransérgio correspondeu da melhor forma a uma solicitação da esquerda do ataque e cabeceou para o fundo da baliza búlgara, estabelecendo o empate final a uma bola.

O empate não permitiu à equipa da “cidade dos Arcebispos” reassumir a liderança do grupo, mas da Turquia chegou uma boa notícia: O Basaksehir empatou com o Hoffenheim a uma bola – a equipa otomana marcou nos últimos instantes -, resultado que permitiu à equipa portuguesa manter uma vantagem de três pontos face aos germânicos. Em caso de vitória na próxima jornada na receção ao Hoffenheim, o Braga ficará matematicamente apurado para os 16 avos de final da prova.

A luz que não se apaga

O apito inicial ainda não se tinha ouvido e a agitação já tinha tomado conta do D. Afonso Henriques, com parte dos adeptos do Marselha a tentarem aceder ao relvado para agredirem os próprios jogadores – Patrice Evra pontapeou um adepto e acabou expulso ainda antes da partida começar.

Alheios à situação, os donos da casa entraram no relvado cientes de que só a o triunfo interessaria para manter o sonho do acesso à próxima fase bem vivo. Sem receio da equipa que viajou do sul de França, o Vitória procurou jogar olhos nos olhos e equilibrou as ações durante a maior parte do tempo num jogo em que nem sempre foi bem disputado. Criou várias situações de perigo, cresceu à medida que o relógio avançou e acabou por ver a sua coragem materializada em golo quando Paolo Hurtado marcou ao minuto 80, deixando o D. Afonso Henriques em êxtase graças ao tento que permitiu voltar às vitórias caseiras para as provas europeias volvidos quatro anos – a última tinha acontecido na receção aos croatas do Riejka. Contas feitas, os homens do Berço estão na terceira posição do grupo I com quatro pontos, menos dois que o Marselha (2º) e menos quatro que o Red Bull Sazlburgo (1º). A missão não se afigura fácil, mas é possível.

Boas Apostas!