Frank Dancevic – João Sousa (US Open 2014)
Em virtude da ausência de Rafa Nadal, João Sousa tornou-se o trigésimo segundo cabeça-de-série desta edição do US Open, pela primeira vez na sua carreira. É também uma estreia absoluta para o ténis português. Resultados práticos dessa indicação: até à terceira ronda o tenista luso vai evitar os mais cotados do circuito. O seu primeiro adversário, da primeira ronda, será o canadiano Frank Dancevic (135.º), que tentará pelo menos igualar o que fez na temporada passada em Flushing Meadows, chegar à segunda jornada.
Aos vinte e nove anos, Dancevic ocupa a posição cento e trinta e cinco do Emirates ATP Rankings. Esta semana subiu três lugares na listagem em virtude de ter passado à segunda ronda no Winston Salem. Diante de Sousa tentará pelo menos igualar a sua melhor classificação no US Open, a passagem à segunda ronda de 2013. Antes disso tinha-se ficado ora pelo qualifying ou pela primeira etapa da competição.
No Open da Austrália caiu à primeira ronda, diante de Benoit Paire (7-6, 6-3, 6-4) depois de ter cumprido três partidas de qualificação para lá chegar. Em Roland Garros não passou do qualifying. Em Wimbledon a prestação foi mais bem-sucedida – três vitórias para aceder ao quadro principal, no qual se aguentou duas rondas. Venceu Ivo Karlovic (6-4, 7-6, 7-6) e foi afastado por Mikhail Kukushkin (6-3, 6-3, 6-2).
O canadiano esteve mais ativo no circuito de challengers, atingindo os quartos-de-final de Savannah – perdeu para Facundo Bagnis, 6-7, 6-1, 6-3 – e as finais de Tallahassee e Kosic. Nos Estados Unidos foi derrotado por Robby Ginepri (6-3, 6-4); na Eslováquia conquistou o título diante de um homem da casa, Norbert Gombos (6-2, 3-6, 6-2).
Como cabeça-de-série do torneio, João Sousa tem a garantia de não se cruzar com outros pré-determinados durantes as duas primeiras rondas, o que na prática significa que terá caminho facilitado para atingir a terceira partida no US Open, igualando assim a melhor prestação que teve num Grand Slam. O senão, no caso do tenista de Guimarães, é que se as probabilidades baterem certo, nessa terceira ronda terá pela frente Grigor Dimitrov, mais um adversário do Top-10. Mas, alguém que em Roland Garros e Wimbledon caiu à primeira diante dos números dois e três mundiais à altura, Novak Djokovic (6-1, 6-2, 6-4) e Stanislas Wawrinka (6-3, 6-4, 6-3), respetivamente, sempre é uma folga. No Open da Austrália o português também não foi além do primeiro encontro do quadro competitivo, mas desta vez a cedência foi frente ao austríaco Dominic Thiem, quadragésimo quinto do ranking.
Sousa chegou aos quartos do Torneio do Rio de Janeiro onde foi afastado pelo então líder do circuito, o espanhol Rafa Nadal pelos parciais de 6-1 e 6-0. Na semana seguinte, em Acapulco apanhou Andy Murray pela frente e ficou-se pelos oitavos (6-3, 6-4). Em Indian Wells caiu na segunda ronda, às mãos de Ernests Gulbis (6-3, 6-3); em Miami subiu mais um degrau antes de ser afastado por Tomas Berdych (6-2, 6-4). Na temporada de terra batida só em Casablanca passou além da primeira partida. A chegada à relva fez-lhe bem, apesar do insucesso em terras britânicas. Em Halle foi eliminado na segunda ronda, mas o adversário era de peso – Roger Federer na sua superfície preferida. Ainda conseguiu o brilharete de vencer o primeiro set ao suíço, no tie-break (6-7, 6-4, 6-2). Em Hertogenbosch, João Sousa foi semifinalista, esbarrando em Benjamin Becker no caminho para a final (6-3, 7-6). Um mês depois, em Bastad, disputou a sua segunda final de um torneio ATP. Infelizmente não lhe correu tão bem como a primeira e saiu derrotado por Pablo Cuevas (6-2, 6-1), depois de nas meias ter batido o vencedor do Portugal Open, Carlos Berlocq (3-6, 6-4, 6-4).
Dancevic e Sousa nunca se defrontaram em partidas oficiais, portanto será uma estreia.
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