Sábado é dia de começo da Superliga da Suíça, uma prova que reune as dez melhores equipas do país e que vem sendo dominada pelo Basel, que venceu onze dos últimos dezasseis campeonatos disputados, levando uma série de sete títulos consecutivos. Enquanto isso, a equipa de Basileia também se tem afirmado a nível europeu, com presença regular em fases de destaque, assegurando assim a valorização do seu conjunto. No ano passado, o Young Boys foi o único conjunto a manter-se por perto da equipa campeã, mesmo finalizando a catorze pontos de distância, sendo que a grande nota foi a descida do FC Zurique, última equipa a conseguir ser campeã para além do dominador Basel.
Basel mantém autoridade

Janko voa para mais um título do Basel
Com Urs Fisher a manter-se como técnico, a equipa do Basel reforçou-se com o intuito de se manter como campeão suíço. O empréstimo do avançado Doumbia, que chega da AS Roma, é um sinal de capacidade de uma equipa que mantém os préstimos de vários jogadores presentes no Euro 2016, como o suíço Lang, o albanês Taulant Xhaqa, o islandês Bjarnason ou o austríaco Janko. A eles juntam-se outros jogadores com potencial de futuro, como o norueguês Elyounoussi, que vem do Molde, o costamarfinense Serey Dié ou o colombiano Eder Balanta. Este aumento da competitividade da equipa estará focado no objetivo inicial de garantir presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, depois de ter falhado no ano passado.
Tendo sido segundo classificado no ano passado, o Young Boys mantém um plantel com muita experiência, em busca de conseguir repetir o feito. Tendo mantido o francês Hoarau. que no ano passado terminou em segundo na lista dos melhores marcadores, a equipa conta ainda com o central internacional von Bergen, ou com Sulejmani, médio sérvio que passou pelo Benfica. O desafio do conjunto de Berna vai ser bem complicado, no entanto, já que para além do fortalecimento do plantel do Basel, haverá outros conjuntos com fortes expetativas de se chegarem à frente este ano.
Os candidatos a candidatos
As três equipas que lutaram pelos lugares europeus na passada temporada entram em 2016/17 como candidatos a candidatos, ou seja, equipas que pretendem dar um passo adiante na sua capacidade de lutar por um dos lugares cimeiros, mas que estarão ainda a meio do processo para o conseguir.
O Lucerna foi uma boa surpresa na temporada passada e tentou reforçar-se com jogadores de alguma experiência, como o português Ricardo Costa, ou com elementos que são bastante prometedores, como o ponta-de-lança australiano Tomi Juric. Com Markus Babbel a revelar-se um treinador em busca de construir uma carreira, espera-se que a evolução se mantenha também este ano, ainda que seja difícil imaginar melhor que um terceiro lugar.

Kallstrom é um experiente capitão
O Grasshoper é uma equipa com muita história, mas as muitas saídas podem condicionar o seu crescimento esta temporada. Saíram Dabbur (Red Bull Salzburgo), Bauer (Rubin Kazan) e Pavlovic (Sampdória), sendo que quem chega não parece reunir o mesmo potencial. Lucas Andersen, o extremo dinamarquês que vem do Ajax, será o jogador que mais promete, enquanto o ponta-de-lança Munsy estará obrigado a marcar mais do que os onze golos que conseguiu com a camisola do Thun. Kim Kallstrom mantém-se como capitão e referência dentro do relvado.
Finalmente o Sion, que no ano passado foi a equipa com ataque menos produtivo dos cinco primeiros classificados, tentará dar a volta à situação aproveitando os jogadores que mantém no seu plantel, como Moussa Konaté, Ebenezer Assifuah ou Theofanis Gekas. O médio ofensivo Geoffrey Bia também se mantém no plantel, tal como o português Carlitos, sendo através da experiência destes elementos que a equipa esperará continuar a evoluir e, quem sabe, entrar no pódio da classificação.
Liga dos Portugueses

Carlitos continua em Sion
A Superliga suíça conta com muitos jogadores portugueses, sendo que os mais relevantes são os casos já citados, de Ricardo Costa no Lucerna e de Carlitos no Sion. No entanto, a lista é mais larga, incluíndo até vários jogadores de ascendência portuguesa mas que nasceram e sempre competiram na Suíça.
Élton Monteiro nasceu na Suíça, passou pelo Arsenal na sua formação, jogou na Académica e no Braga, foi internacional sub-21 português e é agora jogador do Lausanne. No Thun, há Nélson Ferreira, que também nasceu no país e fez toda a sua carreira profissional entre este conjunto e o Lucerna, apesar de contar com nacionalidade portuguesa. Também o jovem Ayrton Ribeiro, com 18 anos, espera fazer a sua estreia na Superliga esta temporada, com a mesma camisola.
Depois há ainda vários casos de jogadores que passaram pelo futebol português, como são exemplo Peter Jehle, guarda-redes do Liechenstein que alinha pelo Vaduz, depois de ter passado pelo Boavista, ou o lateral Adama Traoré, hoje no Basel, com passagem pelo Vitória de Guimarães, para além do já referido Sulejmani.