São 24 as equipas que, a partir desta madrugada, vão iniciar a fase de grupos da Liga dos Campeões da CONCACAF, prova que tem sido terreno muito favorável para os sucessos dos conjuntos mexicanos. Nesta fase inicial, os conjuntos dividem-se por oito grupos de três equipas, sendo que apenas o vencedor seguirá para os quartos-de-final, que são disputados apenas no início de 2017. Tem sido, aliás, a questão do calendário que mais tem motivado a discussão por parte das equipas dos Estados Unidos, que habitualmente conseguem fazer boas carreiras na fase de grupos, enquanto dura a época da MLS, mas que têm imensas dificuldades na fase seguinte, disputada já no início da temporada seguinte.

Predomínio mexicano

Desde que se transformou a prova em Liga dos Campeões, em 2008/09, só equipas mexicanas venceram a competição, com o Monterrey a vencer por três vezes, o América por duas, o Atlante, o Pachuca e o Cruz Azul uma cada. O domínio é tal que, nestas oito edições, apenas duas vezes o finalista não foi, também, mexicano, com o Real Salt Lake e o Montreal Impact a atingirem essa fase.

Gignac Tigres

Gignac volta à carga com a camisola do Tigres

Na presente edição, espera-se novo sucesso das equipas da Liga MX. O Pumas surge no Grupo A, frente ao W Connection de Trindade e Tobago e ao estreante Honduras Progreso. O Monterrey tentará o seu quarto título da Liga dos Campeões iniciando a participação no Grupo D, perante os panamianos do Árabe Unido e outros estreantes, o Don Bosco, do Haiti.

O Pachuca é outra das equipas que luta para conseguir novo título, e consequente participação no Mundial de Clubes, no Grupo, perante o Olimpia, hondurenhos que participaram em todas as edições da prova e o Police United, representante do Belize. Finalmente, os Tigres, entram num complicado Grupo G para tentar demonstrar que podem aspirar ao sucesso. Para isso terão que ultrapassar os campeões da Costa Rica, o Herediano, para além dos panamianos do Plaza Amador.

Cinco equipas MLS à procura do sonho

Desde a criação da MLS em 1996, apenas duas equipas conseguiram conquistar um título continental, ambas ainda no tempo da Taça dos Campeões. DC United, em 1998, e LA Galaxy, em 2001, foram os conjuntos que obtiveram tal sucesso, com a Liga estado-unidense a apenas conseguir fazer finalistas nas últimas oito edições, já na era da Liga dos Campeões. Na presente edição, são cinco os candidatos a cumprir com o sonho de ter uma equipa da MLS no Mundial de Clubes.

Nuno Andre Coelho SKC

Nuno A. Coelho estreia-se na prova jogando no grupo mais exigente.

A missão mais complicada será a dos Vancouver Whitecaps e dos Sporting Kansas City, que se terão que defrontar no Grupo C da competição. Chegando à prova por vias diferentes, apesar de disputarem a mesma conferência na MLS, será um jogo entre canadianos e estado-unidenses a decidir quem segue para os quartos-de-final, com o Central FC, de Trindade e Tobago, a correr por fora.

Os Portland Timbers também não terão vida nada fácil nesta seu regresso à Liga dos Campeões, já que no Grupo B terão que defrontar o Saprissa, da Costa Rica, a última equipa não-mexicana a vencer a maior prova do futebol da América do Norte, em 2005. Atuar na Costa Rica, pelo contexto apresentado nos estádios locais, é sempre um sacrifício para as equipas da MLS, e é para isso que os Timbers terão que se preparar nesta fase. O Dragón FC, de El Salvador, completa o grupo.

Missão menos complexa terão os New York Red Bulls, que no Grupo F vão enfrentar o Alianza de El Salvador e o Antigua de Guatemala. Já os FC Dallas, vão tentar ultrapassar o trauma de 2011-12, quando na sua única participação na Liga dos Campeões falharam o apuramento para os quartos-de-final. Este ano, terão pela frente o Real Estelí, da Nicarágua, e Suchitepéquez, de Guatemala, na sua corrida ao sucesso internacional.

Boas Apostas!