Anadolu Efes – Olympiacos (Euroleague)
A temporada da Euroleague 2016/17 continua a demonstrar-nos como uma mudança de calendário competitivo pode influenciar enormemente naquilo que é a competição e as leituras que dela podemos fazer. Se uma das equipas que terminou fora do Top 4, o Fenerbahce, conseguiu avançar para a Final Four com apenas três jogos disputados, outras duas equipas, o Darussafaka Dogus e o Anadolu Efes, vão dificultando a vida aos conjuntos que, na fase regular, se demonstraram mais fortes. Ora, o sinal de perigo está acesso nos comandos do Olympiacos, visto que depois de ter vencido o primeiro encontro, vêem-se agora expostos à possibilidade de ficarem pelo caminho.
No Jogo 1, a tendência esperada para o confronto entre as duas equipas foi confirmada com uma equipa do Olympiacos a impor-se no ressalto e na percentagem de lançamento, demonstrando superioridade para com a equipa turca. Vangelis Mantzaris foi o melhor marcador, com 14 pontos, mas Georgios Printezis, com 11 pontos e 11 ressaltos, e Nikola Milutinovic, com 11 pontos e 7 ressaltos, estiveram também em alta neste encontro. Tyler Honeycutt, com 17 pontos e 10 ressaltos, impôs-se do lado da equipa visitante.
O Jogo 2 foi o momento decisivo de viragem desta eliminatória e que ajuda, neste momento, a colocar em causa os prognósticos anteriores ao início do playoff. A resolução do mesmo passou, muito, pelos turnovers concedidos por ambas as equipas, visto que o Olympiacos foi ainda superior no ressalto (ainda que menos), e as percentagens de lançamento apresentaram algum equilíbrio, com os gregos mais fortes nos três pontos, mas a falharem nos tiros de dois pontos. Bryant Dunston e Tyler Honeycutt foram os melhores marcadores da equipa vencedora, enquanto Vassilis Spanoulis e Georgios Printezis estiveram em alta do lado grego.
O Jogo 3 cumpriu a tendência dos jogos irem tendo menos pontos, acabando por bater-se o recorde negativo da eliminatória. A vitória em casa do Anadolu Efes manteve a crença de que a equipa turca pode decidir em casa, o que seria surpreendente tendo em conta os dados da fase regular. Uma vez mais, a equipa do Olympiacos cometeu demasiados turnovers e teve uma péssima percentagem de lançamento dos dois pontos, com o Efes a falhar sobretudo no tiro exterior. Thomas Heurtel acabou por ser o melhor marcador da equipa da casa, enquanto Vassilis Spanoulis se destacou na equipa forasteira.
Na comparação entre as duas equipas, o Anadolu Efes tende a ser um conjunto com maior capacidade de marcação de pontos e, apesar de ter menos ressaltos em média do que o Olympiacos, é superior no Ressalto Ofensivo, o que pode fazer a diferença nesta fase. No que toca às percentagens de lançamento, em média, as duas equipas são muito semelhantes uma à outra. Em termos defensivos, a tendência é o Olympiacos impor menos pontos ao seu adversário (algo que se está a registar na eliminatória, atenção!), sendo ambas algo permissivas na forma como defendem o lançamento exterior.
O Olympiacos superiorizou-se durante a fase regular pelo seu funcionamento colectivo, imperando pelas diferentes opções apresentadas no seu plantel. Nesta eliminatória, vai permitindo que sejam os desequilibradores a fazer a diferença. Esse é o risco que a equipa corre num Jogo 4 que pode marcar o fim do seu percurso na prova.
