NBA – Todos os anos as primeiras semanas da maior competição de basquetebol do mundo nos impõem as mesmas perguntas. Será que esta equipa é tão boa quanto demonstra nestes jogos iniciais? Será que determinado jogador está pronto para a sua época de afirmação? Quem são os veteranos que começam a não ter capacidade para dominar na Liga? Quem são as equipas que ainda nos irão surpreender? Menos de dez jogos numa fase de regular são, sem dúvida, uma pequena amostra daquilo que nos espera até ao fim do ano. Mas também é o tempo certo para fazermos as primeiras avaliações.
Olhando para a tabela classificativa, não podemos ignorar o facto dos Indiana Pacers serem a única equipa, ao fim de sete jogos, sem qualquer derrota. O calendário preparado pela NBA para este início de temporada fazia com que as equipas mais fortes fossem testadas logo a abrir, mas poucos esperariam que fossem os Pacers a aguentar-se imbatíveis. Paul George e Roy Hibbert são os dois “culpados” desta situação, estando a exibir-se a um nível altíssimo, mas será bom sublinhar, também, que as alterações feitas no plantel durante o verão tornam os Indiana bem mais fortes do que no ano passado, tendo em conta a qualidade que agora alimenta a rotação.
Também em bom plano estão, a Oeste, os suspeitos do costume, os San Antonio Spurs e os Oklahoma City Thunder. Ambos perderam apenas um encontro, tendo equipas muito próximas daquilo que tinham já no ano passado. Nota, nos Spurs, para Tiago Splitter, que está mais agressivo no jogo interior e se vai afirmando bem mais forte no ressalto. Nos Oklahoma City, Kevin Martin já não está, mas Russell Westbrook regressou bem mais cedo do que o esperado e tem disfarçado a ausência de uma opção no banco para marcar. Jeremy Lamb tenta assumir esse papel, mas está ainda a anos-luz das capacidades do seu anterior colega.
Quem sobe?
Alguém explicou aos Philadelphia 76ers e aos Phoenix Suns a direção do Draft do próximo ano? As, supostamente, duas equipas mais fracas da NBA começaram a grande vapor, contrariando as expetativas de os ver afundar-se na tabela e procurar, da melhor forma, ganhar bilhetes para o Draft do próximo ano. Se os Sixers vão encontrando a resposta para o seu bom momento numa entrada de leão do rookie Michael Carter-Williams, que vai somando exibições ao nível dos melhores rookies de sempre, aliado ao crescimento de Evan Turner (alguma vez teria que acontecer, não?), os Suns são um caso a merecer ainda maior estranhamento. Com Goran Dragic, que se entendia como o seu jogador mais valioso, a lidar com limitações físicas, tem sido Eric Bledsoe a sair da casca, cotando-se, desde já, como uma peça de valor para o futuro dos Suns. Por outro lado, um tandem interior composto por muita juventude – os manos Morris e Miles Plumlee – tem sido brutalmente eficaz neste início de temporada, colocando-os entre os mais fortes da Conferência Oeste.
Sem surpresa
Os Minnesota Timberwolves vão mostrando qualidades para competir pelos playoff. Ricky Rubio está a caminho de ser um base de topo, Kevin Love é um All Star com um guarda-costas, Nikola Pekovic, do melhor que se pode encontrar nesta Liga, enquanto Kevin Martin, ofensivamente, e Corey Brewer, defensivamente, completam um cinco altamente competitivo. Com o banco a trabalhar melhor a sua resposta ao longo da temporada, poderemos dizer que a força dos T’Wolves não é uma surpresa.
Quem desce?
Não se trata de dizer que esta Liga não é para velhos, até porque os Miami Heat, com o plantel mais velho da competição, mantém-se como grandes favoritos à conquista do título. Mas os Lakers com Nash e Gasol, os Nets com Pierce e Garnett e os Knicks com, basicamente, tudo o que se passa naquele plantel, dão claros sinais de falência neste início de temporada. Se, para os Lakers, com Kobe Bryant lesionado, isso são notícias esperadas, para as duas equipas da Big Apple não deixa de ser algo surpreendente. Em Brooklyn a equipa leva tempo para se adaptar à mudança e poderá vir a ser um conjunto mais focado no playoff, lembrando-se, claro que está, que precisará ainda de lá chegar. Os Knicks, com um plantel em estado de sítio e Carmelo Anthony em final de contrato, são uma história bem diferente. A derrota caseira por 89-120 frente aos Spurs é uma marca bem evidente de que algo precisa mesmo de mudar.
Boas apostas!