Stanislas Wawrinka – Milos Raonic (ATP Monte Carlo)
Um dos encontros dos quartos-de-final do torneio monegasco coloca frente a frente o suíço Stanislas Wawrinka e o canadiano Milos Raonic. Uma boa partida de ténis em perspectiva, que pode muito bem vir a ser replicada daqui a poucas semanas na final do Estoril Open, onde os dois serão cabeças de cartaz.
O espanhol Nicolas Almagro alegou dores intensas no pé esquerdo para se retirar de Monte Carlo o que equivale a dizer que Wawrinka avançou para os quartos-de-final sem bater uma única bola. Assim sendo, o suíço chega a esta fase do torneio com um único encontro na bagagem. Ainda por cima bater o croata Marin Cilic não constituiu grande desafio, como confirmam os parciais de 6-2 e 6-0. Se calhar o número três mundial ainda estava a tentar compensar o tropeção da Taça Davis, frente a Golubev. O vencedor do Open da Austrália disputou vinte e um encontros em 2014, com um registo de dezassete vitórias e quatro derrotas. É verdade que em ambos os eventos americanos que antecederam esta temporada de terra batida não foi além dos oitavos, mas agora que reencontra o seu piso preferido parece em grande forma. Stanislas disse em entrevista, já em Monte Carlo, que muitos jogadores sentiam dificuldade na transição para a argila mas que para ele era natural. “Eu cresci nesta superfície, é-me muito fácil encontrar o meu jogo”. Também disse que se sentiu bem no court, confortável e em boa forma física. Notou-se.
Nas últimas duas edições Wawrinka ficou-se pelos quartos, caindo às mãos de Nadal (7-5, 6-4), em 2012, e para Jo-Wilfried Tsonga (2-6, 6-3, 6-4), no ano passado.
Raonic vem bem recomendado pela vitória impressiva sobre Tommy Robredo, um especialista em terra batida, em apenas dois sets, numa partida em que não permitiu ao adversário qualquer quebra de serviço. O segredo talvez tenha estado na percentagem de pontos ganhos com o primeiro serviço, 93%. Bater Lu foi, contudo, uma tarefa mais complicada, apesar dos dezanove ases. O chinês, número cinquenta e dois do mundo no ranking ATP, entrou com tudo no encontro, obrigando Raonic a um tie-breaker que o canadiano não conseguiu evitar perder. Nos sets seguintes o canadiano não facilitou e despachou o adversário com parciais de 6-2 e 6-1.
Apesar de se definir como “um jogador do Top 50 consistente, com aspirações ao Top 10”, em Agosto do ano passado Milos, de vinte e três anos, tornou-se o primeiro tenista canadiano a atingir o décimo lugar do ranking e por lá se mantém. Raonic prefere os pisos sintéticos mas o seu ténis adapta-se bem a qualquer superfície. Tendo como principal arma o serviço, encontrou em Ivan Ljubicic o treinador ideal. As suas duas últimas presenças em Monte Carlo não foram famosas, ficando pela primeira ronda em 2012 e pela segunda no ano seguinte.
Stanislas Wawrinka e Milos Raonic defrontaram-se apenas duas vezes, ambas em piso rápido, ambas com o resultado a pender para o suíço. Em Agosto de 2012, no Masters de Cincinnati, cruzaram-se nos quartos-de-final, que Wawrinka venceu por dois sets a um (2-6, 7-6, 6-4). Em Outubro do ano transato, o reencontro deu-se na terceira ronda do torneio de Shanghai em que Raonic ainda forçou Wawrinka a um tie-breaker no primeiro set mas capitulou logo no set seguinte (7-6, 6-4). Agora que os dois tenistas estão entre os dez melhores do ranking é provável que se encontrem mais vezes, a começar pelo encontro quase certo nas partidas decisivas do Estoril Open.
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