Sporting – Braga (Taça da Liga)
Noite de decisão em Leiria. Sporting e Braga, emblemas que já venceram a Taça da Liga por duas vezes, discutem a decisão da prova. De um lado, os atuais detentores do troféu, do outro, uma equipa do Sporting comandada por Rúben Amorim, treinador que na época passada guiou os “Guerreiros do Minho” a esse mesmo sucesso.
Análise Sporting
Numa meia-final imprópria para cardíacos, o “trunfo” estava no banco. O Sporting venceu o Porto por duas bolas a uma e assegurou o direito a estar novamente na decisão da Taça da Liga. Jovane Cabral, lançado por Rúben Amorim aos 78 minutos do encontro, assumiu o papel de herói ao apontar os dois golos que deram a vitória aos “leões”, o primeiro aos 86 minutos (e que golo) e o segundo já para lá da hora. O cabo-verdiano acabou por fazer toda a diferença num encontro sem grande espetacularidade, com poucas ocasiões de golo de parte a parte e, ainda que os dados finais relativos à posse de bola não traduzam isso, com maior ascendente portista durante boa parte do encontro. O Sporting acabou a sorrir e, além da importância da vitória em si – ainda mais atendendo aos contornos -, nota para o facto de o “leão” ter cumprido o objetivo depois de ter sido eliminado da Taça de Portugal às mãos do Marítimo (2-0) e de ter empatado na receção ao Rio Ave (1-1) – até então, nesta época 2020/21, o Sporting ainda não tinha estado dois encontros consecutivos sem vencer.
Na conferência de imprensa de antevisão ao encontro, Rúben Amorim não deixou grandes pistas em relação à equipa que levará a jogo, limitando-se a confirmar que Tiago Tomás será novamente titular na frente de ataque. Quanto a Nuno Mendes e Sporar, casos que fizeram “correr muita tinta” ao longo da última semana, note-se que a Direção Geral de Saúde já autorizou que ambos entrem em cena, perspetivando-se que Nuno Mendes possa mesmo integrar o onze inicial.
A expectativa para este encontro é a de que o Sporting mantenha o habitual sistema frente a uma equipa que Amorim conhece bem. Comparativamente com o encontro frente ao Porto, perspetiva-se que o Sporting tenha mais iniciativa e, sobretudo, jogue mais tempo em organização ofensiva. Com o regresso de Nuno Mendes, jogador importante no sistema da equipa, os “leões” estarão mais fortes.
Onze provável: Adán, Gonçalo Inácio, Coates, Feddal, Pedro Porro, Palhinha, João Mário, Nuno Mendes, Pote, Jovane, Tiago Tomás
Análise Braga
O Braga entra em cena determinado a renovar o título que atualmente detém. Na meia-final com o Benfica, os “Guerreiros do Minho” souberam aproveitar as debilidades defensivas de um adversário completamente renovado na sua linha mais recuada e levou a melhor por duas bolas a uma. Após uma primeira parte que terminou empatada a uma bola e na qual a transpiração e sobrepôs quase sempre à inspiração, imperava o equilíbrio. Na segunda parte, aí sim, o Braga foi mais forte – soube expor as debilidades defensivas do Benfica, conseguiu colocar outra intensidade no encontro e, uma vez em vantagem, soube gerir os momentos do jogo e conseguiu mesmo segurar o acesso à final.
Olhando para o onze inicial que alinhou na final do ano passado, frente ao Porto, o único elemento que já não integra o plantel bracarense é João Palhinha, presumivelmente titular no Sporting neste desafio. O contexto de decisão não é novidade para os “Guerreiros do Minho” sob as ordens de Carlos Carvalhal que, de resto, já defrontaram o Sporting este mês: no dia 2 de janeiro, os bracarenses (muito desfalcados) viajaram até Alvalade e perderam duas bolas a zero, resultado final que não reflete as dificuldades que a equipa minhota colocou aos donos da casa.
Alinhada a partir do mesmo sistema que o Sporting mas com dinâmicas diferentes, a talentosa equipa do Braga deverá adotar uma abordagem idêntica à do encontro em Alvalade, procurando impor o seu jogo. Perspetiva-se que Paulinho regresse à equipa titular em substituição do espanhol Abel Ruiz, autor de um dos golos frente ao Benfica.
Onze provável: Matheus, Esgaio, Tormena, David Carmo, Sequeira, Al Musrati, Fransérgio, André Castro, Ricardo Horta, Galeno, Paulinho
Dica de Prognóstico
O equilíbrio deverá imperar e a decisão poderá “cair” para qualquer lado. Atendendo à abordagem que se perspetiva que Sporting e Braga adotem, a possibilidade de ambas as equipas chegarem ao golo parece-nos uma opção a considerar.