SC Braga – FC Porto (Taça da Liga)
Dia de decisão na Pedreira, em Braga, localidade que acolhe a “final-four” da Allianz Cup 2019/20, “naming” atribuído a Taça da Liga. Uma semana e um dia após terem medido forças no Dragão, Braga e Porto volta a defrontar-se.
Desde que assumiu o comando técnico da equipa do Braga, Rúben Amorim só sabe vencer. O sucessor de Ricardo Sá Pinto cumpre a primeira experiência no escalão máximo do futebol português e as primeiras impressões têm sido muito positivas. Após a vitória muito sofrida no embate com o Tondela (2-1) que assinalou a estreia de Amorim, o Braga foi ao Dragão impor-se ao Porto pelo mesmo resultado, orquestrando a grande surpresa da jornada. Já a meio da semana, na meia-final com o Sporting, os “Guerreiros do Minho” voltaram a levar a melhor no confronto com o Sporting (2-1) “ao cair do pano”, carimbando o passaporte para a decisão da competição.
Os pupilos de Rúben Amorim dificilmente poderiam estar mais motivados e confiantes à entrada para esta final. Jogam em “casa”, com muito apoio do seu público, a equipa atravessa um ótimo momento dado que vem de duas grandes vitórias e ainda por cima levou a melhor diante do Sporting já em tempo de compensação. Os adeptos têm as expectativas nos píncaros para esta decisão e a verdade é que as prestações recentes da equipa legitimam esse estado de espírito. À imagem do que aconteceu na visita ao Dragão, o Braga até poderá ceder a iniciativa do encontro em certos momentos, aproveitando a capacidade de sair rápido para o ataque. Da equipa bracarense podemos esperar um conjunto disposto a discutir o encontro de igual para igual, sem que se retraia ou adota uma abordagem tendencialmente mais conservadora.
Onze provável: Matheus, Esgaio, Tormena, Raúl Silva, Bruno Viana, Nuno Sequeira, Fransérgio, Novas, Horta, Galeno, Paulinho
O Porto quer “vingar” a recente derrota sofrida precisamente às mãos da formação bracarense, desaire que contribuiu para o aumento da instabilidade nas hostes do emblema da Invicta e fez com que a contestação à liderança de Sérgio Conceição subisse de tom. O acesso à final da Taça da Liga permitiu serenar os ânimos, mas prestação da equipa não foi propriamente entusiasmante. Além de ter claudicado em alguns momentos a nível defensivo que, com outro discernimento vitoriano poderiam ter resultado em consequências mais graves – note-se que o Porto sofreu golos nos últimos seis encontros que disputou.
No ataque, o Porto viveu essencialmente da criatividade de Luis Díaz (enquanto a frescura física do atleta assim permitiu) e teve muitas dificuldades para servir Moussa Marega com qualidade, investindo excessivamente em cruzamento aéreos. Um grande pontapé de Alex Telles e o aproveitamento de um erro da defesa contrária permitiram aos pupilos de Conceição assegurarem um lugar na final. Não se perspetivam alterações em relação ao onze que defrontou o Vitória na meia-final.
Onze provável: Diogo Costa, Jesús Corona, Iván Marcano, Chancel Mbemba, Alex Telles, Sérgio Oliveira, Otávio, Uribe, Luis Díaz, Tiquinho, Marega
Em contexto de final, tudo pode acontecer. Consideramos que a melhor opção passa por optar por um mercado que envolva golos atendendo à natureza das duas equipas.
