Raja Casablanca – Atlético Mineiro (Mundial Clubes 2013)

A segunda meia-final do Campeonato do Mundo de Clubes será disputada entre o representante do país organizador, o Raja Casablanca, e o vencedor da Taça dos Libertadores da América, os brasileiros do Atlético Mineiro. Enquanto a equipa marroquina já teve que ultrapassar dois adversários nesta prova, os brasileiros farão a sua estreia, num encontro em que entram como grandes favoritos, mas onde poderão ter que enfrentar problemas adicionais, dado o crescendo de confiança do conjunto marroquino e o facto de não ter mesmo nada a perder.

O Raja Casablanca foi campeão marroquino na temporada passada, ainda que na presente edição da Liga Marroquina não esteja a ser capaz de manter o mesmo nível. Em parte, isso poderá dever-se à preparação para o presente Mundial de Clubes, visto pelo grupo como uma grande oportunidade de alcançar um resultado histórico para o currículo do Raja. A estreia na prova provocou algum nervosismo aos seus jogadores, ainda que Iajour, a sua referência ofensiva, tenha aberto o marcador aos 39 minutos. No entanto, à hora de jogo, um erro dos centrais marroquinos permitiu o empate, que só viria a ser desfeito nos descontos, com Hafidi a marcar o golo do apuramento. A história do encontro frente aos mexicanos do Monterrey foi semelhante, desta vez com Chtibi a marcar o golo inaugural, o empate a surgir aos 53 minutos e, no prolongamento, Guéhi a chegar ao golo. No encontro frente aos brasileiros, a equipa do Raja tenderá a tentar aguentar a pressão na defesa, procurando, de novo, marcar primeiro, para que a possibilidade de sonho dure, no mínimo, um pouco mais do que o previsto.

Onze provável: Askri – El Hachimi, Oulhaj, Belmaalan, Karrouchy – Guehi, Mabidé – Moutouali, Chtibi, Hafidi – Iajour.

O Atlético Mineiro fará a sua estreia absoluta no Campeonato do Mundo de Clubes, tentando prolongar uma feliz tradição de equipas brasileiras e sul-americanas nesta prova. A equipa mineira terminou a participação no Brasileirão no 8º lugar, algo que vem sendo habitual entre as equipas canarinhas que se dedicam à Taça dos Libertadores, deixando para segundo plano o campeonato. O objetivo dos brasileiros é simples: resolver o mais rápido possível a meia-final para se poder dedicar à final da competição. Cuca, o técnico, sabe que a mente dos seus jogadores está já nesse encontro, esperando que isso não faça com, que uma distração os impeça de seguir na prova e que, lá chegando, consigam dar melhor imagem do futebol brasileiro do que a deixada pelo Santos na final disputada frente ao Barcelona, numa ocasião anterior. Ronaldinho recuperou de lesão e será peça central no esquema de Cuca, que tem a sua força na frente de ataque, com Diego Tardelli e Fernandinho nas faixas e Jô como ponta-de-lança. Esta força ofensiva deverá ser suficiente para marcar a diferença em relação ao campeão marroquino.

Onze provável: Victor – Marcos Rocha, Leonardo Silva, Réver, Junior César – Pierre, Josué – Fernandinho, Ronaldinho, Diego Tardelli – Jô.

Num jogo interessante pelo confronto de estilos, o favoritismo dos brasileiros é inegável, precisando, provavelmente, de um só golo para se fazer sentir de forma ainda mais dominante no quadro deste encontro.

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