O Europeu de Sub-19 inicia-se amanhã, na Hungria, numa prova que denota a viragem a Leste no predomínio da formação. Portugal entra como o único representante da Europa Latina, com a Espanha, França e Itália a falharem a fase final da competição. Por outro lado, para além da Alemanha e da Áustria, podemos encontrar o país organizador, Hungria, a Sérvia, a Ucrânia e a Bulgária, às quais se junta Israel. Esta conjugação de participantes com menores tradições neste nível competitivo podem acabar por ser uma dificuldade em termos de reconhecimento de estilo de jogo, mas também se trata de uma oportunidade para uma geração de jogadores portugueses com muito talento.

Portugal entra com favoritismo

Marcos Lopes Portugal

Marcos Lopes é figura

O grande destaque do plantel luso nesta prova é, sem dúvida, Marcos Lopes, jogador que este ano fez parte do plantel do Manchester City e que na próxima temporada estará emprestado ao Lille. O luso-brasileiro destaca-se por ser uma presença regular numa equipa sénior, ao contrário da generalidade dos seus colegas de seleção. Neste plantel encontram-se ainda alguns jogadores que foram sendo presença regular nas equipas B portuguesas, como é o caso de Tiago Sá, do Sporting de Braga, Mauro Riquicho, do Sporting, ou Rafa, do Futebol Clube do Porto. Com fortes probabilidades de fazer um campeonato notável estão ainda nomes como Tomás Podstawski ou Raphael Guzzo. André Silva, avançado do FC Porto, é um dos jogadores mais esperados no que toca à concretização.

Os adversários de Portugal

Hungria, Israel e Áustria apresentam-se como os adversários da equipa lusa no Grupo A. Apesar do historial apresentado, cada uma das equipas apresenta trunfos que poderão tornar difícil a vida da equipa de Hélio Sousa. A Hungria organiza a prova depois de ter sido semi-finalista em 2008. Com os seus principais jogadores a representarem equipas locais, o maior destaque vai para o defesa Tamas, que representa o AC Milan. A Áustria também conseguiu alcançar as meias-finais deste torneio, mas em 2003 e 2006. Do seu plantel, destacam-se os nomes de Bytyqi, avançado do Manchester City ou Grillitsch, que atua no Werder Bremen. Israel será o primeiro adversário de Portugal na prova, naquele que será o seu encontro de estreia numa fase final de um Europeu de Sub-19. O nome mais conhecido dos israelitas é o do seu treinador, Eli Ohana, num plantel composto por jogadores que atuam na sua liga e dos quais podemos destacar Hehezkel e Safuri, ambos do Hapoel Telavive.

O Grupo B

Maksimovic Servia

Maksimovic, uma das promessas sérvias

Neste grupo estão três antigos vencedores da prova. A Sérvia é campeã em título e entra na prova como uma das favoritas a chegar longe. Maksimovic, do Hellas Verona, será um dos atletas mais experientes desta seleção, agora treinada por Veljko Paunovic, com Rajkovic, do Estrela Vermelha, a também merecer destaque.A Ucrânia, campeã em 2009, volta a estar presente nesta prova, apesar dos problemas que afetam as competições futebolísticas no seu país. O menor ritmo competitivo dos seus jogadores pode ser um problema, mas a vontade de oferecer uma menção positiva ao seu país joga a seu favor. A Alemanha, que venceu em 2008, entra com a fome de mostrar que esta geração está ao nível dos Campeões do Mundo. Pascal Itter, do Schalke 04, Julian Brandt, do Bayer Leverkusen ou Niklas Stark, do Nuremberga, poderão levar a equipa germânica a um ponto bem alto. Finalmente a Bulgária, que apenas por uma vez participou na fase final desta categoria, chega com Vutov, da Udinese, como figura principal. Num grupo complicado, pontuar será o objetivo mínimo.