Portugal – Holanda (Liga das Nações)
A final da Liga das Nações disputa-se este domingo ao final da tarde no Estádio do Dragão, com Portugal a medir forças com a Holanda. A Selecção das Quinas alcança esta final após ter ultrapassado a Suíça nas meias-finais com um hat-trick do capitão Cristiano Ronaldo, focando-se agora na conquista de mais um título internacional. Já a Holanda ultrapassou a Inglaterra num jogo em que tiveram de recorrer a prolongamento, e chega então aqui com algum desgaste físico a mais.
Portugal construiu o seu caminho até esta final depois de se ter qualificado como líder do Grupo 3 com 8 pontos, fruto de 2 vitórias e 2 empates, com parciais de 5 golos marcados e 3 golos sofridos. Os homens de Fernando Santos ficaram à frente das selecções de Itália e da Polónia no Grupo 3, e eliminaram a Suíça por 3-1 nas meias-finais, com os três golos a terem sido apontados por Cristiano Ronaldo. Fernando Santos conta com um plantel recheado de excelentes jogadores, com jovens talentos combinados com jogadores com vasta experiência, e a selecção apresenta uma fortíssima espinha-dorsal, começando com Rui Patrício na baliza, defesas como Pepe, Ruben Dias, médios como João Moutinho, Pizzi, Rúben Neves, e avançados como Bernardo Silva, Cristiano Ronaldo, entre outros.
Ainda assim, apesar de toda a qualidade existente neste plantel, a Selecção das Quinas foi inferior à Suíça, independentemente de ter vencido, e é importante destacar que Ronaldo marcou os dois últimos golos já bem perto do final do encontro. De modo a conquistarem esta competição, é imprescindível uma exibição de nível superior, já que enfrentam uma equipa mais talentosa que os helvéticos. João Félix falhou em impressionar na sua primeira internacionalização e deverá ceder o seu lugar a Gonçalo Guedes. Pepe não poderá dar o seu contributo depois de se ter lesionado, mas Fernando Santos recupera Danilo Pereira após este ter cumprido castigo.
Onze Provável: Patrício – Cancelo, Fonte, Dias e Guerreiro – Rúben Neves, William Carvalho e Bruno Fernandes – Bernardo Silva – Guedes e Ronaldo.
A Holanda, por sua vez, começou por avançar até às meias-finais depois de ter conseguido o 1º lugar no Grupo 1 com 7 pontos, fruto de 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota, com parciais de 8 golos marcados e 4 golos sofridos. Os holandeses foram a grande surpresa do Grupo 1, tendo conseguido ficar à frente da França e da Alemanha, e venceram a Inglaterra nas meias-finais, num jogo onde recorreram a prolongamento para conseguir esta qualificação. Ainda assim, diante dos ingleses, a Holanda começou a perder ainda na 1ª parte, graças a um erro de Matthijs de Ligt, embora o mesmo se tenha redimido e apontado o golo da igualdade a meio do segundo tempo. Uma vez em prolongamento, a Holanda mostrou melhor preparação física e mais garra e apontou dois golos antes dos 120 minutos, arrumando assim a qualificação.
Esta é uma selecção que tem feito por merecer novamente a alcunha de Laranja Mecânica, com a selecção orientada por Ronald Koeman a apresentar uma forte espinha-dorsal, começando com Cillessen na baliza, van Dijk e de Ligt no centro da defesa, Wijnaldum, Frenkie de Jong e van de Beek no meio-campo, e avançados como Depay, Babel, entre outros. Ainda assim, o seleccionador nacional irá precisar de avaliar bem a condição física dos seus jogadores, que tiveram muito desgaste diante da Inglaterra e chegam aqui com um dia de preparação a menos que o adversário. Quincy Promes teve um impacto positivo como substituto, e poderá entrar no onze em vez de Babel. A Laranja Mecânica procura aqui a primeira conquista de um grande torneio internacional desde 1988.
Onze Provável: Cillessen – Dumfries, Dijk, Ligt e Blind – Wijnaldum, Roon e de Jong – Bergwijn, Depay e Babel.
Este é um jogo que promete ser bastante interessante, de um lado Virgil van Dijk, o melhor defesa central da actualidade, e do outro Cristiano Ronaldo, considerado por cinco vezes o melhor jogador mundo. A Holanda procura o primeiro troféu desde 1988 e quer regressar aquilo que outrora foi, estando mesmo muito perto disso mesmo. Já Portugal joga em casa, tem o apoio incondicional dos seus adeptos e chega aqui muito mais fresco que o adversário. É de acreditar num jogo equilibrado, intenso, mas com as duas equipas atentas à organização defensiva, já que nenhuma delas irá querer cometer erros, algo que pode ser fatal. A Holanda já venceu Portugal em Março de 2018, num jogo amigável, mas não irá ter as mesmas facilidades. Este é o tipo de jogo que poderá muito bem ir a prolongamento, e Portugal é candidato a conquistar o troféu.