Oklahoma City Thunder – San Antonio Spurs (NBA Playoff – Jogo 6)
Em casa mandam os San Antonio e nos Spurs brilha Gregg Popovich, que se lhe pedem para vencer os jogos no seu pavilhão para atingir a final, ele concentra-se no que há a fazer, e não naquilo que poderia ser feito. Uma alteração no cinco inicial a todos os títulos inesperada, Matt Bonner foi chamado, pela primeira vez em toda a temporada, à equipa titular, deixando o adversário sem referências interiores para segurar. Perante o problema de mobilidade de Serge Ibaka, um Matt Bonner a fugir para a linha de três pontos foi uma resposta notável, e mesmo que um dos mais míticos jogadores dos Spurs não fez grande diferença no jogo naquilo que pode ser medido em termos de produtividade, mexeu com o sistema defensivo dos Thunder e com as ideias que Scott Brooks trazia para este jogo.
Podendo dizer-se que foi um dia em que tudo correu bem aos Spurs, a verdade é que a sorte constrói-se e o conjunto de San Antonio revela todo o esplendor do trabalho bem feito. Não restam dúvidas que a variedade de soluções apresentada pelo plantel às ordens de Gregg Popovich permitem vencer por 117-89 num jogo onde a estrela da equipa, Tony Parker, marcou apenas 12 pontos, com Tim Duncan a ser o melhor marcador dos Spurs com 22 pontos. Do lado dos Oklahoma City Thunder, Kevin Durant, com 25 pontos, e Russell Westbrook, com 21 pontos, estiveram muito sozinhos e acabaram por não conseguir estar à altura da exibição do adversário.
Agora, no jogo 6 da eliminatória, os Oklahoma City Thunder têm a obrigação de vencer, ou poderão ficar em casa a ver The Finals pela televisão. Kevin Durant e Russell Westbrook, uma vez mais, serão chamados a mostrar qualidades, mas tendo noção de que uma vitória não chegará. Aquilo que for feito neste encontro deverá ter continuidade no jogo seguinte e essa parece ser a maior responsabilidade de uma equipa que não tem conseguido acompanhar os Spurs quando estes colocam o pé no acelerador. A eliminatória tem ditado sempre vitórias para a equipa da casa e os Thunder estarão fiados nessa capacidade de ficar, de novo, empatados. Mas poderá ser algo que não lhes valerá de muito se não encontrarem forma de vencer duas partidas consecutivas.
Para os San Antonio Spurs, apesar da vantagem, não pode haver relaxamento. Mas com Tony Parker a render abaixo das duas possibilidades, limitado pela lesão, poderá haver a necessidade de buscar outras opções no plantel. As rotações de interiores e o tiro exterior que pode sair do banco, sobretudo das mãos do argentino Manu Ginobili são as melhores armas que Popovich poderá reivindicar neste encontro. Descansando assim Parker e não perdendo competitividade perante uma equipa que tem capacidade para levar o jogo para uma imprevisível negra. Os dias de descanso para The Finals começam também a entrar no pensamento do técnico e poderá aparecer, por essa via, um forte incentivo a acabar já com este negócio. Mas não é só da vontade dos Spurs que depende o fecho da eliminatória.
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