Em vésperas de uma das mais competitivas edições da NBA dos últimos anos, fazemos uma ronda por todas as equipas desta Liga, procurando os seus pontos positivos e negativos. Quem será o campeão? Quem chegará à final? Que equipa poderá surpreender? Que jogadores garantirão os melhores resultados? Tudo isso, e muito mais, poderá ser encontrado nos tutoriais sobre cada uma das divisões.
Terminamos a nossa ronda com a Divisão mais forte da NBA, onde podemos encontrar dois fortes candidatos à luta pelo título da Conferência Oeste, San Antonio Spurs e Houston Rockets, uma equipa que tem marcado presença nos últimos playoffs, e sempre com destaque, os Memphis Grizzlies, outra que há bem pouco tempo foi campeã, como os Dallas Mavericks, e os New Orleans Pelicans, que vai tentando colocar-se como uma equipa de futuro, embora nesta Divisão, tenha uma missão bem complicada.
San Antonio Spurs
Depois do Eurobasket, a NBA outra vez?
Gregg Popovich continua à frente de um dos projetos mais aliciantes da NBA, uma equipa fundada em rigorosos princípios de jogos, muito influenciada por um estilo europeu onde a defesa é destaque, com estrelas da Liga que não parecem nunca ter problemas em colocar os interesses do grupo à frente dos seus. Tony Parker e Tim Duncan continuarão a ser as imagens mais fiéis desta equipa, entre a qualidade que colocam em cada movimento e o profundo conhecimento do jogo. Kawhi Leonard também vai ganhando cada vez mais espaço e importância no funcionamento da equipa, sendo um autêntico todo o terreno no xadrez de Popovich.
As saídas de Gary Neal e DaJuan Blair foram bem compensadas com a chegada de Marco Belinelli, que poderá ambicionar a um lugar no cinco inicial, na luta com Danny Green, e Jeff Ayres (ex- Pendergraph) que oferecerá disponibilidade e entrega no jogo interior. Boris Diaw, Manu Ginobilli e Tiago Splitter completam uma rotação de luxo, de onde Popovich ainda consegue o melhor de jogadores como Nando de Colo ou Patty Mills, que no ano passado chegaram a brilhar nos minutos dados pelo seu técnico.
Houston Rockets
Jeremy Lin foi o primeiro a chegar aos Rockets e a sua presença parecia algo desajustada para uma equipa que nada fazia prever que, em anos consecutivos, conseguisse atrair James Harden, por troca, e Dwight Howard, na Free Agency, para constituir um refrescante Big 3, transformando os Rockets em possíveis candidatos ao título. Na liderança da equipa, Kevin McHale parece ser o homem perfeito para retirar o melhor de um conjunto que tem muitos pontos de interesse e será, sem dúvida, das equipas mais atraentes na presente temporada.
Chandler Parsons e Terrence Jones também vêm crescendo nas suas potencialidades, segurando a posição no cinco inicial do grupo, enquanto no banco encontramos soluções mais do que suficientes para fazer dos Rockets uma equipa intensa durante o jogo inteiro. Parece relativamente fácil fazer um novo cinco, com Patrick Beverley, Omri Casspi, Ronnie Brewer, Donatas Motiejunas e Marcus Camby. Se todos estiverem ao seu melhor nível, poderemos ter candidato consistente em Houston. Sem problemas.
Memphis Grizzlies
Quem passa por Tony Allen?
Pouco importará aos Grizzlies serem vistos, apenas, como os terceiros favoritos para vencer a Divisão Sudoeste. O seu foco voltará a estar, como sempre, nos playoff, onde já demonstraram que nenhuma posição é demasiado baixa para conseguirem fazer furor. Ainda assim, numa Conferência cada vez mais competitiva, os Grizzlies vão lutando e colocando todas as suas forças na manutenção de um grupo forte e que se consiga medir com os principais opositores.
Marc Gasol, o poste, é a peça central desta equipa, que valoriza bastante Tony Allen, provavelmente o defensor com papel de maior destaque numa equipa da NBA. Estes dois jogadores garantem extrema segurança numa equipa que conta ainda com Zach Randolph, um verdadeiro gigante físico, para fazer a diferença nos jogos mais importantes. Enquanto na condução de jogo Mike Conley consegue acompanhar a qualidade da equipa, Tayshaun Prince talvez seja o ponto fraco do cinco dos Memphis.
A rotação ficou, este ano, bem mais forte, com a chegada de Mike Miller e Kostas Koufos, que se juntam a Jerry Bayless, Quincy Pondexter e Ed Davis para fazer com que os Grizzlies mostrem as unhas a cada noite.
Dallas Mavericks
Não menosprezando uma equipa que foi campeã há tão pouco tempo, os Dallas Mavericks parecem ter deixado toda a sua energia e ambição nesse título, não mais regressando dos feitos alcançados. Dirk Nowitzki continua a ser um jogador ímpar na NBA, mas precisa de muito maior apoio do conjunto em sua volta. Mark Cuban, o dono da equipa, aposta em experiência para permitir que a sua equipa seja mais competitiva, mas encontra-se numa Divisão onde não terá facilidades.
O espanhol José Calderon foi o escolhido para liderar os processos da equipa, contando com Monta Ellis para poder expressar todas as suas qualidades de atirador no imenso espaço que terá disponível no jogo exterior. Por seu lado, Shawn Marion e Samuel Dalembert farão o trabalho sujo e mais físico neste cinco, tentando oferecer um corredor limpo para que Nowitzki volte a exercer a sua mestria. A rotação da equipa não estará tão forte como o necessário para fazer frente aos seus adversários nesta Divisão, o que diminui bastante as suas opções de chegar aos playoffs, mas aos Mavericks nada mais resta do que tentar.
New Orleans Pelicans
A qualidade dos Pelicans poderá ser confirmada ao longo da temporada, ainda assim, será bem difícil vê-los escapar ao último lugar da sua Divisão e, logo, impossível de os encontrar na luta pelos playoffs. As razões para isso são as quatro equipas listadas acima desta na Divisão Sudoeste. A evolução de Anthony Davies é dos focos de maior interesse nesta equipa dos Pelicans, que terá em Jrue Holiday o seu condutor de jogo. No cinco estará ainda Eric Gordon, que se espera poder estar em boas condições físicas, para regressar ao melhor nível do passado. Para além dele, a qualidade defensiva de Al-Farouq Aminu completa um quarteto de grande qualidade, ao qual falta um poste de maior consistência do que Jason Smith. Greg Stiemsma poderá, com o tempo, transformar-se em solução.
Boas Apostas!
