O ano passado pode ter sido atípico para a equipa canadiana da NBA, com os seus dois jogadores exteriores, Kyle Lowry e DeMar DeRozan a fazerem temporadas acima daquilo que era a sua média, a administração a sentir que abdicar de Rudy Gay poderia ser benéfico para a equipa e ver essa opção resultar, para além de ter também aproveitado as quebras de alguns dos seus concorrentes na Conferência Este para terminar como terceiro classificado na fase regular. Perante tudo isto, a opção dos Raptors foi a de tentar manter a dinâmica alcançada. Para o fazer, reforçou as suas opções no banco com três jogadores, como Louis Williams que vem reforçar a rotação exterior, onde ainda haverá Greivis Vasquez, o portento físico James Johnson e Greg Stiemsma, uma boa opção para o jogo interior. Entre os jogadores que saíram poderá sentir-se falta da eficiência de tiro de Steve Novak, mas nada de mais.

Falta, em Toronto, uma verdadeira estrela, com a equipa a depender da quantidade de lançamentos feitos por Lowry e DeRozan, e do crescimento de Jonas Valanciunas, o melhor exemplo que os brasileiros Bruno Caboclo e Lucas Nogueira poderão ter, na sua época de estreia na NBA. A verdadeira estrela poderia tornar-se num jogador que fizesse a diferença em jogos mais equilibrados, com as melhores equipas da Conferência, que este ano serão mais do que no passado. Continuar a ser a melhor equipa da Divisão Atlântico, no entanto, é um objetivo ao alcance do conjunto orientado por Dwane Casey e será por aí que os Raptors esperarão estar no final da fase regular deste ano.

O cinco

Kyle Lowry fez por merecer um contrato de estrela na equipa dos Raptors e, no ano passado, confirmou tudo o que de bom se esperava deste jogador. O grande teste é, perante uma Conferência mais carregada com jogadores de qualidade na sua posição e com o contrato garantido, que tipo de competitividade restará no base de Toronto?

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DeMar DeRozan é espetáculo, para além dos números

DeMar DeRozan ainda é um jogador que está a crescer e a procurar melhorar uma série de pormenores que o poderão fazer ser um atleta mais constante e equilibrado. No entanto, já marcou presença no Jogo All Star e fez parte da Seleção que conquistou o Campeonato do Mundo de Basquetebol. Energia pura.

Terrence Ross fez uma excelente temporada no ano passado mas terá que ser mais consistente na sua missão com a equipa, sobretudo com a chegada de James Johnson, que concorrerá diretamente pelos seus minutos.

Amir Johnson é um dos jogadores que está há mais tempo em Toronto e é visto pelos adeptos como uma espécie de peça que garante a consistência no plantel. É um elemento importante no jogo interior e um líder de balneário. Tem que continuar a evoluir para acompanhar o crescimento da equipa.

Jonas Valanciunas é a tal estrela em construção nos Raptors. A pressão sobre ele vai tornando-se maior e o lituano terá que dar uma resposta mais constante aos desafios de ser uma das figuras do jogo interior na Conferência Este.

Expetativas

Vencer a sua divisão e dar luta nos playoff. Esse é o objetivo escrito dos Raptors. Por outro lado, há que continuar a encontrar formas de tornar este grupo de jogadores mais competitivos. Toronto parece querer criar as suas estrelas em casa e tem candidatos a tal. Depende do seu trabalho e da sua capacidade evolutiva.