Mais um ano a navegar as escuras águas de um plano que aposta tudo num futuro que poderá, ou não, vir a suceder. Pela segunda época consecutiva, os 76ers fizeram a sua opção de Draft num jogador que não estará em condições de jogar, sendo que aproveitarão para estrear, este ano, Nerlens Noel, o homem do Draft do verão passado. Joel Embiid, por sua vez, terá um ano para recuperar e fortalecer-se fisicamente para o desafio. Numa equipa onde Michael Carter-Williams brilhou intensamente, a decisão da Administração passou por ceder Thaddeus Young, o único jogador que aliava talento ofensivo e experiência no plantel. O objetivo dos Sixers será, assim, e uma vez mais, tentar pescar escolhas de Draft.
A aposta de Philadelphia não passa, no entanto, por perder por perder. A escolha de Brett Brown para se sentar no banco não é inocente. O técnico tem uma larga experiência no desenvolvimento de jogadores e poderá ser responsável por tornar muito melhores os jovens que vão passando pelos Sixers. Ainda que pareça muito difícil ver os Sixers ficarem em qualquer outra posição que não o último lugar, a qualidade de Carter-Williams, como ficou demonstrado na fase inicial da época passada, poderá valer algumas vitórias a Philadelphia e razões para acompanharmos parte da sua temporada.
O Cinco
Michael Carter-Williams foi a surpresa do início da temporada passada, ao mostrar estar pronto para subir de nível competitivo. No entanto, é ainda um jogador a precisar de muito trabalho para ser uma ameaça de topo na NBA. Aproveitará este ano para, sem responsabilidades acrescidas, continuar a desenvolver-se.
Tony Wroten é uma máquina atiradora e se conseguir trabalhar a constância do seu nível, estará entre os jogadores mais perigosos dos Sixers. No entanto, o seu estilo de jogo poderá ser aproveitado para se tornar num sexto jogador que oferece mudanças de ritmo. Se for esse o caso, Alexey Shved poderá ganhar espaço para ser titular. O russo demora a adaptar-se ao impacto físico da NBA e a sua passagem para segunda base poderá acabar por lhe oferecer o espaço que precisa.
Luc Mbah a Moute chega para, primeiro que tudo, ser um a voz que introduzirá Joel Embiid à NBA. A sua experiência e o facto de partilhar a nacionalidade com a escolha do Draft deste ano serão fundamentais. Em campo, contem com ele para ser um líder defensivo. Nunca mais do que isso.
Nerlens Noel chega com sede de bola. É um dos mais fortes candidatos a ser o Rookie do Ano, com a sua destreza num corpo que se parece estender até ao infinito. Defensivamente, é um jogador feito, enquanto ofensivamente continua a trabalhar para melhorar.
Henry Sims foi uma boa surpresa no ano passado, fazendo uma reta final de grande qualidade. Os anos na D-League parecem ter-lhe feito bem e com um técnico que confia na sua capacidade física para ocupar o jogo interior dos Sixers, Sims continuará a evoluir como uma peça útil à estratégia da equipa.
Expetativas
Um bom sorteio para o Draft do próximo verão. Enquanto isso não chega, continuar a trabalhar os talentos que tem na equipa, de forma a poder dar o salto dentro de dois a três anos. Todos os recursos dos Sixers estão nessa aposta.