Depois de no ano passado ter alcançado 50 vitórias, número que na Conferência Este poderia ter valido um terceiro lugar na Conferência Este mas que, a Oeste, não valeu mais do que a sétima posição, os Memphis Grizzlies voltam a apostar em Dave Joerger para levar a equipa ao playoff. As contas a Oeste são bem mais complicadas, com um nível bastante alto e uma variedade de candidatos que se reforçaram para o presente ano, mas em Memphis acredita-se na manutenção dos seus principais valores. A equipa manteve o seu cinco inicial, vendo-se ainda reforçada com a chegada de Vince Carter, que vem adicionar um elemento muito forte a partir do banco. A experiência e qualidade de tiro de Carter tornam os Grizzlies mais fortes e isso parecia fundamental para manter o objetivo atingível.
De resto, Marc Gasol continua a ser a grande estrela da equipa, formando com Zach Randolph uma dupla de respeito no jogo interior. Com Tony Allen a destacar-se como líder defensivo da equipa – e, também ele, um elemento fortíssimo no que toca a experiência e reconhecimento na Liga -, Mike Conley vai vendo reforçado o seu papel de condutor de uma equipa que tem um nível técnico elevado. A contrariedade desta equipa está no seu aspeto físico, já que aos Grizzlies falta velocidade e capacidade de explosividade. Mas perante esses problemas, caberá a Dave Joerger encontrar soluções que respeitem os atributos dos seus melhores jogadores, enquanto se abrem portas para tentar incluir na rotação as escolhas do Draft.
O Cinco
Mike Conley cresceu bastante ofensivamente e tornou-se o inegável condutor de jogo dos Grizzlies, transportando sobre as suas costas a responsabilidade das opções atacantes do seu conjunto. Espera-se que mantenha o nível e possa adicionar uma maior entrega defensiva.
Tony Allen é o chefe no que toca a produção defensiva, sobrepondo-se a qualquer adversário, seja qual for a sua valia. Esgota o ataque adversário, mas também dificilmente consegue oferecer algo da sua parte, tendo em conta que lança muito pouco e com más percentagens. Será por aqui que Vince Carter entrará para “matar” como sexto jogador.
Quincy Pondexter teve problemas com lesões no ano passado, mas regressa para retomar o papel que lhe está destinado em Memphis, ser mais uma peça defensiva de alta rotação que pode elevar a sua equipa a ser uma defesa muito sólida, algo que a tornará mais competitiva e poderá substituir a falta de velocidade.
Zach Randolph representa o outro lado da sua equipa. Um mestre do poste baixo, com capacidade para, noite após noite, contribuir com elevados números, mas que muitas vezes é uma fragilidade defensiva aproveitada pelas equipas adversárias.
Marc Gasol é um dos mais apurados postes da Liga. Com fantástica capacidade física, junta uma técnica e uma mobilidade apreciáveis, que tornam a equipa de Grizzlies capaz de atacar de diferentes formas o cesto do oponente.
Expetativas
Ainda que se possa adivinhar difícil um crescimento no que toca ao número de vitórias ou ao posicionamento da equipa de Memphis, os Grizzlies vão lutar para se manterem iguais e continuar, um ano mais, como uma equipa que alcança o playoff para dificultar, e muito, a vida dos adversários que lhe aparecerem pelo caminho.