Marrocos – Togo (Taça das Nações Africanas)
Favoritas a garantir o acesso aos “quartos” da Taça das Nações Africanas a partir do grupo C, as seleções de Costa do Marfim e Marrocos desiludiram na jornada inaugural. A derrota dos homens do Magrebe frente à República Democrática do Congo (1-0) aumenta a pressão na abordagem a esta partida. O Togo que continua a ser de Adebayor (mesmo no desemprego) travou a Costa do Marfim, campeã em título do continente africano.
A participação de Marrocos na Taça das Nações Africanas 2017 começou com uma derrota frente à República Democrática do Congo, semifinalista da última edição da competição. Um tento solitário de Junior Kabananga (55′) foi suficiente para definir a partida, sobretudo porque os “Leões do Atlas” estiveram muito aquém das expectativas no último terço do campo. As ausências de Amrabat, Belhanda ou Boufal da convocatória diminuem a capacidade ofensiva da equipa, mas não explicam tudo, até porque o seleccionador francês Hervé Renard conta com recursos interessantes como Nabil Dirar, Mehdi Carcela, Aziz Bouhaddouz ou até El-Arabi, atleta que só entrou em campo na etapa final da partida. Em superioridade numérica a partir do minuto 81 em função da expulsão do congolês Lomalisa Mutambala, seleção marroquina não foi capaz de resgatar pelo menos um ponto deste desafio. O resultado negativo da primeira partida aumenta a pressão sobre a equipa marroquina (não passou da fase de grupos nas edições compreendidas nos últimos 12 anos) para este segundo desafio.
Os “Leões do Atlas” valem sobretudo pela capacidade do ponto de vista defensivo e têm os seus esteios em Mehdi Benatia e Manuel da Costa, dupla no eixo defensivo que foi titular na primeira jornada. Os números da seleção marroquina na fase de qualificação são elucidativos quanto à capacidade desta equipa do ponto de vista defensivo: No grupo F de apuramento para a CAN 2017 (juntamente com Cabo Verde, Líbia e São Tomé e Príncipe), a seleção de Marrocos sofreu apenas um golo em seis jogos, no empate a uma bola na Líbia. Superar o guarda-redes Munir Mohamedi, à imagem do que fez Junior Kabananga, não será tarefa fácil para os homens do Togo.
Onze Provável: Munir, Dirar, Benatia, Manuel da Costa, Mendyl, El Ahmadi, Boussoufa, Saiss, El Kaddouri, Carcela, Bouhaddouz
O “patinho feio” do grupo D da Taças das Nações Africanas 2017 foi uma das surpresas agradáveis na primeira jornada da competição. A organização exibida pela seleção do Togo treinada por Claude Le Roy foi premiada com a conquista de um ponto frente à Costa do Marfim, nada mais nada menos que a atual campeã em título do continente africano – os marfinenses estiveram aquém das expectativas e o empate foi um mal menor.
Emmanuel Adebayor, “desempregado” desde o verão após ter sido dispensado pelo Crystal Palace, continua a ser a principal referência nesta equipa do Togo e naturalmente quer aproveitar a participação nesta Taça das Nações Africanas para se evidenciar. Neste momento, a seleção do Togo não conta com nenhum atleta que seja figura de proa numa equipa europeia e alcançar o acesso aos quartos-de-final iria contra toda e qualquer expectativa, sobretudo tendo em conta que integra o mesmo grupo que a campeã Costa do Marfim, a seleção semifinalista da República Democrática do Congo e uma seleção marroquina sedenta por recuperar a glória perdida ao longo dos últimos anos. Se voltar a pautar pela organização demonstrada na ronda inaugural, o Togo tem legitimidade para acreditar que é possível pontuar novamente.
Onze Provável: Agassa, Gakpe, Romao, Ouro Akoriko, Dakonam, Dossevi, Ayite, Lalawele, Bebou, Adebayor, Laba
Atendendo às caraterísticas das duas seleções que estarão frente a frente, é provável que a partida não tenha muitos golos. Os marroquinos entram como favoritos à vitória, mas o Togo tem argumentos suficientes para pontuar.
