Krasnodar – PAOK (Liga dos Campeões)
Após três rondas disputadas a uma só mão, a fase preliminar da Liga dos Campeões volta ao seu formato tradicional com a realização do derradeiro “play-off” com dois jogos. No caminho dos “não campeões”, o Krasnodar mede forças com o PAOK, emblema helénico que surpreendeu ao vencer o Benfica na eliminatória anterior.
Análise Krasnodar
Um ano depois de se ter ficado por este mesmo “play-off” de apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões, o FK Krasnodar dispõe de nova oportunidade para disputar o acesso à fase final da prova de clubes mais importante da Europa e novamente diante de oposição grega. Há um ano, os russos ficaram pelo caminho no duplo confronto com o Olympiakos, ao passo que desta feita terão que medir forças com o PAOK de Salónica. Murad Musaev continua ao leme de uma equipa que, de resto, manteve nas suas fileiras as principais referências da última temporada.
Ainda sem compromissos europeus disputados nesta época 2020/21, o Krasnodar tem a seu favor o facto de ter começado o campeonato doméstico mais cedo que a generalidade dos concorrentes, possuindo assim mais ritmo competitivo na antecâmara deste desafio. Na antecâmara deste “mano a mano” com o PAOK, o Krasnodar leva já sete encontros disputados (menos um que a maioria dos concorrentes) e soma 11 pontos, cortesia de três vitórias, dois empates e duas derrotas. No que a números diz respeito, nota para o facto de ter tantos golos marcados (14) quanto o líder Zenit, registo no entanto muito influenciado pelo desempenho alcançado no compromisso mais recente em que se superiorizou ao penúltimo Khimki por sete bolas a duas com golos de Berg, Claesson (2), Vilhena, Cabella, Utkin e Suleymanov. O sueco Marcus Berg, terceiro jogador mais utilizado neste início de campanha, é o melhor marcador da equipa com quatro tentos apontados até então. No que ao processo defensivo diz respeito, o Krasnodar sofreu seis golos até então, há quatro encontros consecutivos que permite que os adversários encontrem os caminhos para as suas redes e só por duas vezes manteve a sua baliza inviolável, frente ao Ufa (0-3) e ao Arsenal Tula (2-0), emblemas que se debatem nos últimos lugares da tabela.
Onze provável: Safonov, Petrov, Martinovich, Ramírez, Pantaleão, Cabella, Olsson, Vilhena, Claesson, Wanderson, Berg
Análise PAOK
O PAOK de Salónica treinado pelo português Abel Ferreira protagonizou uma das maiores surpresas desta fase preliminar da Liga dos Campeões ao afastar o Benfica de Jorge Jesus da competição. No Toumba, após uma primeira parte amplamente dominada pelo Benfica que encostou a equipa local “às cordas”, o PAOK entrou melhor na segunda parte, viu o adversário quebrar e com sagacidade e acutilância no ataque, conseguiu mesmo encontrar os caminhos para as redes à guarda de Vlachodimos e seguir em frente. Ao minuto 63, o PAOK beneficiou de um golo na própria baliza de Jan Vertonghen, festejando o segundo volvidos 12 minutos por intermédio do ex-Benfica Zivkovic. Aproveitando a vulnerabilidade do Benfica em transição defensiva e sobretudo a parca agressividade do seu meio-campo, o PAOK soube chegar-se à frente e materializar em golo as poucas oportunidades das quais dispôs e nem o golo de Rafa já para lá da hora impediu a formação grega de seguir em frente. O Krasnodar entra na eliminatória com algum favoritismo e a verdade é que está (teoricamente) num pedestal abaixo do Benfica, mas numa eliminatória a duas mãos, as probabilidades da equipa mais forte aumentam. O PAOK tem a seu favor o facto de jogar a segunda mão em Salónica (ainda que sem presença de adeptos nas bancadas), perspetivando-se que adote uma postura neste desafio em tudo idêntica à que adotou frente ao Benfica: provavelmente baixará as linhas, aproximá-las-á e tentará explorar em transição graças à capacidade de progressão de algumas das suas unidades. Marcar na Rússia para depois decidir em casa será o objetivo deste conjunto que tem no jovem Tzolis o seu elemento mais diferenciado.
Enquanto o Krasnodar leva sete jogos nas pernas, o PAOK tem quatro, dois deles em contexto doméstico, dois deles para a Liga dos Campeões. Antes do primeiro encontro fora de portas na atual temporada, o PAOK recebeu em Salónica as formações do Besiktas (3-1) e do Benfica (2-1). Para a Superliga grega, também jogou em casa nas duas ocasiões, tendo levado a melhor diante do Larissa (1-0) e empatado a um golo com o Atromitos.
Onze provável: Zivko Zivkovic, Varela, Mihaj, Michailidis, Giannoulis, Anderson, Biseswar, Schwab, Pelkas, Tzolis, Zivkovic
Dica de Prognóstico
O Krasnodar é favorito no plano teórico e estamos em crer que consiga viajar até Salónica em vantagem, ainda que com a eliminatória presumivelmente em aberto.