Nápoles – SL Benfica (Liga dos Campeões)
O Benfica desloca-se a Nápoles para disputar aquele que é, em teoria, o duelo de maior exigência para as “águias” nesta fase de grupos da Liga dos Campeões. Num grupo marcado pelo equilíbrio entre as quatro forças que o compõem, “águias” e “partenopei” surgem como principais favoritos ao acesso à fase seguinte da competição. A vitória na deslocação ao Vicente Calderón, na época passada, é a melhor fonte de inspiração para as “águias”.
O Nápoles estreou-se com o pé direito na fase de grupos da Liga dos Campeões, ao vencer em Kiev por duas bolas a uma. Beneficiando do empate entre Benfica e Besiktas no estádio da Luz, assumiu de imediato a dianteira do grupo, isto na antecâmara da receção ao emblema que é, em teoria, o principal concorrente na luta pelo acesso à próxima fase. O hino da Liga dos Campeões volta a tocar no San Paolo, palco emblemático no qual outrora brilhou Diego Armando Maradona. O Nápoles prepara-se para disputar o quatro jogo caseiro da temporada diante do Benfica, depois de já ter levado a melhor sobre AC Milan (4-2), Bologna (3-1) e Chievo (2-0). Desde que Maurizio Sarri assumiu os destinos da equipa, o San Paolo tem sido um autêntico “cofre forte” para o Nápoles e o facto de ter vencido os três encontros disputados até à data sempre por uma margem de pelo menos dois golos de diferença deixa o Benfica em estado de alerta. Em relação à última época, a principal mudança neste Nápoles ocorreu no centro do ataque, provocada pela saída de Gonzalo Higuaín para a Juventus. O internacional polaco Arkadiusz Milik é o sucessor do argentino na posição e iniciou a nova aventura da melhor forma, apontando inclusive os dois golos que deram a vitória ao Nápoles em Kiev. A chega de Milik é a excepção numa equipa com uma base muito bem consolidado, totalmente identificada com aquilo que o treinador pretende. Com um estilo marcadamente vertical, o Nápoles é uma equipa que joga subida no terreno, canaliza muito jogo pelas alas e procura dar azo à criatividade no último terço, beneficiando da capacidade individual dos intérpretes que possui.
Onze Provável: Pep Reina, Hysaj, Albiol, Koulibaly, Ghoulam, Allan, Jorginho, Hamsik, Callejón, Mertens, Milik
Considerando a maioria dos adversários que constavam no pote 2 da Liga dos Campeões, o Nápoles não figurava como o mais exigente dos adversários, mas a equipa italiana é tudo menos uma adversária “simpática”. O resultado do primeiro encontro, diante do Besiktas, não satisfez as pretensões das “águias”. Além dos contornos do próprio empate – já em tempo de compensação -, o Benfica aspirava a outro tipo de resultado a jogar em casa, ciente de que vencer os encontros em casa nesta fase é muito importante para seguir em frente. A visita ao San Paolo é, sem margem para duvidas, o desafio mais exigente para o Benfica e não surge na melhor altura atendendo ao quadro clínico do plantel “encarnado” – Jonas, Raúl Jiménez, Jardel, Rafa e Samaris permanecem lesionados e só deverão poder atuar na próxima jornada da Liga dos Campeões, no Olímpico de Kiev.
Na época passada, o Benfica deu-se bem nos duelos de maior exigência em contexto de Liga dos Campeões. Venceu no Vicente Calderón (1-2), no Petrovsky (1-2) e bateu-se bem na Allianz Arena, apesar da derrota por uma bola a zero. O conjunto orientado por Rui Vitória apresentou uma versatilidade interessante a esse nível, mudando o “chip” do campeonato para a Liga dos Campeões para perceber qual o melhor perfil a adoptar em casa jogo. Embora chegue a este encontro na sequência de uma vitória (0-2) em Chaves sem prejuízo para a baliza que esteve à guarda de Ederson, o Benfica tem vacilado demasiado no plano defensivo, nomeadamente nas bolas paradas defensivas.
Onze Provável: Julio César, Nelson Semedo, Lindelof, Lisandro, Grimaldo, Fejsa, André Horta, Pizzi, Salvio, Gonçalo Guedes, Mitroglou
Este encontro entre Nápoles e Benfica constitui uma boa oportunidade para explorar um mercado que envolva golos. O histórico de confrontos entre as duas equipas também indica nesse sentido, uma vez que os dois últimos encontros entre as duas equipas (Liga Europa 2008/09) envolveram sete golos – vitória do Nápoles no San Paolo (3-2) e triunfo do Benfica na Luz (2-0).