Marítimo – Nacional da Madeira (Liga NOS)
O “derby” madeirense entre os rivais Marítimo e Nacional é um dos maiores destaques da 23ª jornada da Liga NOS. No renovado “Caldeirão” dos Barreiros, os “verde-rubros” querem vencer para permanecerem na luta pelo acesso aos lugares europeus, ao passo que o Nacional da Madeira pretende fugir à zona de relegação.
O Marítimo está a protagonizar uma das melhores épocas dos últimos anos, intrometendo-se na luta pelos lugares que dão acesso às competições europeias da próxima temporada. Com 32 pontos à entrada para esta ronda, tem menos três que o Vitória Sport Clube (5º) e menos seis em relação ao SC Braga (4º). Um dos “segredos” para a boa prestação insular na atual edição do campeonato português está associado ao bom desempenho em casa. Depois de perder os dois primeiros jogos nos Barreiros frente a Vitória Sport Clube (0-2) e Rio Ave (0-1), o “Leão da Ilha” não voltou a ser derrotado, somando seis dos oito jogos disputados posteriormente por vitórias. Fora de casa, a equipa deu sinais de crescimento nas últimas jornadas, ao vencer o Estoril (0-1) na Amoreira e empatar sem golos nas difíceis deslocações a Guimarães e a Vila do Conde.
Desde que Daniel Ramos assumiu os destinos do Marítimo, a equipa subiu de produção e chega a esta fase com legítimas aspirações quanto ao apuramento para as provas europeias. Invicto há sete jogos, é pouco provável que o Marítimo vacile neste desafio. Eduardo Gottardi e Shaher Mansour não podem ir a jogo por lesão – Charles será novamente o dono da baliza. Fábio China e Pedro Coronas permanecem em duvida.
Onze Provável: Charles, Patrick, Maurício, Raul Silva, Luís Martins, Erdem Sen, Fransergio, Éber Bessa, Edgar Costa, Ghazaryan, Dyego Sousa
Se o Marítimo tem estado em destaque pelas melhores razões, o rival Nacional evidencia-se pelas piores. Os homens da Choupana tardam em encontrar o rumo certo e chegam a esta 23ª jornada em posição de relegação, ao ocuparem o 17º posto da tabela com apenas 14 pontos conquistados em 21 jogos, tantos quanto o “lanterna vermelha” Tondela – a equipa beirã perdeu no Dragão na abertura da ronda.
À semelhança do que aconteceu no Marítimo, o Nacional da Madeira também demitiu o técnico que iniciou a temporada. A série de maus resultados tornou a situação de Manuel Machado insustentável e a direção do clube entendeu pôr fim a uma ligação que já era de longa duração. Jokanovic foi a solução encontrada para (re)assumir os destinos da equipa, estreando-se com um empate caseiro frente ao SC Braga (0-0). Desde esse encontro, os nacionalistas disputaram mais cinco jogos mas não conseguiram vencer, perdendo frente a Vitória de Setúbal (1-0), Chaves (2-0) e Benfica (3-0), pontuando nos duelos caseiros diante de Arouca (1-1) e Belenenses (1-1). A “chicotada psicológica” parece não ter surtido o devido efeito na equipa e o Nacional terá que penar bastante até garantir a manutenção. Uma vitória neste desafio valeria muito mais que três pontos para o Nacional, pela possibilidade de “virar a página” e ganhar fôlego na luta pela manutenção.
Ofensivamente, a equipa tem vivido sobretudo das investidas de Salvador Agra, manifestamente insuficiente a este nível.
Víctor García, Okacha Hamzaoui (lesionados) e Vítor Gonçalves (suspenso) não estão em condições de ir a jogo. Na defesa, os ajustes constantes não têm ajudado, carecendo de estabilidade, aspeto fulcral.
Onze Provável: Facchini, Washington, César, Rui Correia, Tobias Figueiredo, Filipe Gonçalves, Zizo, Jota, Salvador Agra, Zequinha, Aristeguieta
“Derby” entre formações que estão a realizar percursos antagónicos na atual temporada. O Nacional venceu o mais recente duelo com o Marítimo, à 5ª jornada, por duas bolas a zero. Desde então, muita coisa mudou nas duas equipas e a massa adepta do “Leão da Ilha” tem mais razões para encarar este desafio com optimismo.
