Inglaterra – Espanha (Amigável de Seleções)
Esta terça-feira o Estádio de Wembley recebe um jogo de preparação altamente mediático. Gareth Southgate vai tentar manter-se invicto desde que assumiu interinamente o lugar de selecionador mas a Espanha de Lopetegui parece estar em crescendo, mesmo com as muitas ausências por lesão na convocatória. Harry Kane e Wayne Rooney foram dispensados entretanto, devido a limitações físicas.
Sem impressionar, a Inglaterra soma e segue na qualificação para o Mundial 2016. Está no comando do Grupo F, ao fim de quatro jornadas, com dez pontos, seguida pela Eslovénia (oito), Eslováquia (seis), Lituânia (cinco), Escócia (quatro) e Malta (zero).
Desde que Gareth Southgate foi escolhido para substituir Sam Allardyce, a seleção dos Three Lions não voltou a perder (2V/ 1E) e o interino está a consolidar a sua oposição para assumir o cargo de selecionador a título definitivo. Mas é preciso reconhecer duas coisas: a equipa não convence ninguém e a oposição, com todo o respeito, é muito limitada. Os ingleses não têm neste agrupamento um verdadeiro concorrente à altura dos pergaminhos coletivos e da experiência competitiva dos jogadores que tem. Ainda há quem venha com a conversa da seleção inglesa ter gente jovem e pouco experiente e isso deixa-me verdadeiramente perplexa. Alguns dos elementos do plantel são jovens, admito, mas todos, sem exceção, têm minutos regulares de utilização numa das ligas mais competitivas do planeta. São treinados por alguns dos melhores técnicos do mundo, pelo que a justificação de um conhecimento tático simplório também não tem o menor cabimento.
Comparando com alguns dos concorrentes do Grupo F é fácil perceber que os selecionadores de Eslovénia, Lituânia e Malta, por exemplo, enfrentem essas dificuldades. Não a Inglaterra.
A Escócia, esse, está a ser uma desilusão. Não sendo uma potência – basta ver que os jogadores utilizados por Strachan são figuras de dimensão em clubes de meio da tabela, nenhum deles galvanizador ou capaz de fazer a diferença – tinham obrigação para dar mais luta nesta qualificação. Tentaram fazê-lo frente ao Ingleses, na sexta-feira passada mas Adam Lallana, provavelmente o elemento mais inconformado com esta Inglaterra que não é nem carne nem peixe, desequilibrou a favor dos da casa. O primeiro golo é de Daniel Sturridge, que esta temporada ainda não se estreou a marcar na Premier League, mas também neste tento a iniciativa e intensidade de Lallana foram determinantes. Acabaria, muito justamente, por marcar o segundo com Gary Cahill a fechar a contagem aos sessenta e um minutos.
Wayne Rooney e Harry Kane foram dispensados deste amigável. O avançado dos Spurs apresentou queixas no tornozelo e a equipa médica aconselhou a que regressasse ao clube para fazer tratamento. O homem do United tem pequenas mazelas e seguiu o mesmo caminho.
Onze Provável: Hart – Clyne, Cahill, Stones, Rose – Lallana, Henderson, Wilshere – Lingard, Vardy, Rashford.
A Espanha de Julen Lopetegui parece estar de volta à sua posição de potência. Desde que o basco0 assumiu o lugar deixado vago por Del Bosque a equipa ainda não perdeu (4V/ 1E), com dezassete golos marcados em cinco jogos e apenas um concedido. Mesmo assim divide a liderança do Grupo G a meias com os italianos, ambas as formações com dez pontos, e tem Israel a morder os calcanhares, com nove. Esta é a diferença gigantesca que La Roja tem para a Inglaterra. Numa qualificação em que apenas se qualificam diretamente os primeiros de cada grupo, a Espanha conta com verdadeira concorrência.
No sábado os espanhóis passaram com naturalidade pela Macedónia (4-0) – golos de Velkovski na própria baliza, Vitolo, Nacho Monreal e Aritz Aduriz – apesar de estar bastante desfalcada de elementos-chave. Não digo com isto que um país como Espanha não tem alternativas de qualidade, como ficou demonstrado. Mas jogar em simultâneo sem Piqué, Sergio Ramos, Jordi Alba, Andres Iniesta e Diego Costa é uma transformação considerável.
Onze Provável: De Gea – Sergi Roberto, Nacho, Bartra, Azpilicueta – Koke, Busquets, Herrera – Mata, Aduriz, David Silva.
Espanha
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2-0 |
Inglaterra
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Amigáveis 2015
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Inglaterra
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1-0 |
Espanha
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Amigáveis 2011
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Espanha
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2-0 |
Inglaterra
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Amigáveis 2009
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A Espanha venceu quatro dos últimos seis confrontos com Inglaterra, todos amigáveis (4V/ 2D), que se sucederam à eliminação de La Roja nos quartos de final do Euro 96, na marcação das grandes penalidades.