Hull City – Manchester United (Taça EFL)
A vantagem que traz da primeira mão é confortável mas o United sabe que a qualificação para a final ainda não está garantida. Na deslocação ao KCOM Stadium Mourinho deve manter um onze forte para o conseguir, até porque a prestação da equipa lhe tem vindo a agradar apesar da infelicidade quando à concretização. O Hull City bem gostaria de dar a volta à eliminatória para poder dedicar o feito a Ryan Mason, ainda internado.
Dizem que um azar nunca vem só e o Hull City tem sido um exemplo disso. Depois de todas as vicissitudes que passou no arranque da temporada – saída do treinador, o clube à venda, indefinições várias quanto ao futuro, um rol de lesões absurdo – os Tigers estavam a ver uma pequena luz no fundo do túnel com a chegada de Marco Silva. O impacto do técnico português foi imediato, não apenas naquele sentido da injeção de esperança mas sobretudo na forma como a equipa ganhou organização e propósito nas suas ações. O calendário era assustador e continuará a sê-lo num futuro próximo, mas o Hull soube tirar máximo partido dos jogos em casa contra adversários do seu calibre – Swansea City (2-0) para a Taça de Inglaterra e AFC Bournemouth (3-1) na Liga – para manter esse crescendo. Mesmo nas derrotas – United (2-0) e Chelsea (2-0) – a formação de Silva conseguiu dar muito boa réplica a adversários que competem com outro nível de recursos. Infelizmente, o último desastre ainda estava para chegar. Ryan Mason teve que ser levado de urgência para o hospital depois de um choque violento de cabeça com Cahill e foi confirmada a fratura e derrame cerebral. O médio inglês ainda está internado, após cirurgia, e apesar de dar sinais de recuperação o seu futuro ainda é uma incógnita. Mesmo com este percalço a equipa foi capaz de frustrar o líder da Premier League até aos derradeiros instantes da primeira parte, altura em que Diego Costa colocou os Blues em vantagem. Só aos oitenta e sete Cahill conseguiu o segundo golo, para dar descanso ao conjunto de Conte. Com o resultado negativo o Hull City voltou a descer ao penúltimo lugar, com dezasseis pontos, um a mais que o Sunderland. Mas mantém-se vivo na Taça de Inglaterra – no domingo vai ao terreno do Fulham. Resta saber se tem fôlego para continuar em prova na outra taça.
A lista extensa de lesionados mantem-se, agora com o acrescento de Mason e Curtis Davis também em dúvida. Marco Silva já confirmou que Snodgrass não recuperou a tempo e não será opção. É possível que o mais novo reforço, Lazar Markovic, tenha oportunidade de entrar de cabeça na formação dos Tigers.
Onze Provável: Marshall – Elabdellaoui, MAguire, Dawson, Robertson – Huddlestone – Diomandé, Evandro, Clucas, Markovic – Abel Hernández.
José Mourinho não deve fazer grandes alterações no onze inicial do Manchester United. A equipa continua a sua série de dezassete partidas sem derrotas mas os dois últimos empates – Liverpool (1-1) e Stoke City (1-1) – foram bastante frustrantes. Para começar, porque com eles os Red Devils desperdiçaram a oportunidade de colar ou mesmo ultrapassar o City, que também andou a ceder pontos, na tabela classificativa da Liga Inglesa. E depois, porque, segundo o treinador português, a equipa está a fazer o seu trabalho mas a concretização é algo que simplesmente é demasiado custosa. Tão custos, diria eu, que Mata acabou por marcar na própria baliza, tal é o desespero dos jogadores do United quando estão na área, qualquer área.
No fim de semana o United recebe o Wigan Athletic, para os dezasseis avos da Taça de Inglaterra, e volta a enfrentar o Hull, desta feita em Old Trafford, em ronda do campeonato. Mourinho tem todos os jogadores do plantel livres de lesão e Eric Bailly está de regresso nos próximos dias, depois da Costa do Marfim ter sido eliminada da CAN. Para o técnico português é uma excelente notícia.
Onze Provável: De Gea – Valencia, Jones, Rojo, Shaw – Carrick, Herrera – Mkhitaryan, Pogba, Martial – Ibrahimovic.
Manchester United
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2-0 |
Hull City
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EFL 2016/17
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Hull City | 0-1 | Manchester United |
Premier League 2016/17
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A equipa de Mourinho venceu os dois confrontos que teve esta temporada com o Hull City e traz uma vantagem de dois golos da primeira mão desta meia-final da Taça EFL.