Hapoël Beer-Sheva – Olympiakos (Liga dos Campeões)
A eliminatória que opõe o Hapoel Beer-Sheva ao Olympiakos permanece totalmente em aberto. Depois de um empate sem golos na primeira mão, em Atenas, a decisão será jogada em Beer-Sheva, no deserto de Negev. O campeão israelita, estreante nestas lides, crê que é possível eliminar o emblema que domina o futebol helénico.
O encontro da primeira mão, disputado em Atenas, terminou com um nulo no “placard”. O Hapoel Beer-Sheva cumpriu o primeiro objetivo que tinha definido para esta terceira pré-eliminatória ao suster o Olympiakos no Pireu e deixar tudo em aberto para a segunda mão. “Underdog” à entrada para este duplo compromisso com uma equipa muito mais experientes a este nível, o Hapoel Beer-Sheva conformou-se com esse estatuto e adoptou uma estratégia que não deu azo a deslizes de maior ordem. Não conseguiu ultrapassar Stefanos Kapino, mas foi suficientemente capaz de manter a consistência no setor mais recuado. O Hapoel Beer-Sheva chega ao encontro da segunda mão na sequência de dois empates sem golos de modo consecutivo frente ao Olympiakos e ao Sheriff Tiraspol. Em Israel, manter o bom registo defensivo será importante, até porque um empate com golos serve os interesses do adversário no que ao acesso à próxima fase diz respeito. Míguel Vitor, central português que chegou ao clube neste defeso, foi titular em ambos os encontros e quer continuar a assumir-se como líder do setor recuado, que na primeira mão foi composto por cinco homens em momento defensivo com Bitton e Davidazde pelos corredores.
Onze Provável: Goresh, William, Miguel Vítor, Taha, Bitton, Davidazde, Ogu, Brown, Melikson, Nawakaeme, Barda
A prestação do Olympiakos na primeira mão ficou algo aquém das expectativas. No primeiro jogo oficial da nova época, o campeão grego acusou a falta de ritmo competitivo, algo que foi notório no confronto com uma equipa que iniciou os trabalhos de pré-temporada mais cedo e possui mais minutos de jogo nesta fase da época. O nulo registado não serve as pretensões do conjunto que atuou em casa, mas também não lhe retira o estatuto de favorito a seguir em frente. A formação ateniense (24º colocada no ranking “UEFA”) não foi capaz de se exibir ao nível que costuma apresentar no Pireu, assumindo o jogo desde o primeiro instante na tentativa de “sufocar” o adversário. Contudo, a igualdade a zero não foi um mau resultado para o Olympiakos, até porque a equipa helénica poderá garantir a qualificação para o “play-off” de acesso à Liga dos Campeões graças a um empate com golos, enquanto que ao Hapoel Beer-Sheva só a vitória interessa. Embora o Olympiakos seja uma equipa mais acostumada a este tipo de jogos, é provável que a equipa grega entre em campo apostada em aguentar o ímpeto inicial do Hapoel Beer-Sheva. Caso faça um golo, o Olympiakos sabe que tem a eliminatória na mão. É uma equipa mais talentosa do ponto de vista individual, forte coletivamente e identificada com duelos decisivos.
Após a saída do português Marco Silva, o Olympiakos está às ordens do espanhol Victor García, técnico com passagem anterior pelo clube. Os laterais Diogo Figueiras e de la Bella foram os únicos reforços titulares no encontro da primeira mão, sendo que a principal alteração em relação à última época prende-se com a saída de Roberto, substituído na baliza por Stefanos Kapino.
Onze Provável: Kapino, De la Bella, Figueiras, Botia, Manuel Da Costa, Maniatis, Milivojevic, Fortounis, Durmaz, Seba, Ideye
O Olympiakos é favorito a seguir em frente. Pese embora o empate sem golos da primeira mão, o conjunto grego está vários furos acima do Hapoel do ponto de vista qualitativo, apresenta maior experiência a este nível e ainda por cima tem a possibilidade de seguir em frente caso se registe um empate com golos.