Fernando Verdasco – Grigor Dimitrov (ATP Masters Monte Carlo)
Tem tudo para ser o melhor duelo da primeira ronda do Monte Carlo Rolex Masters. Verdasco faz jus à predileção dos tenistas espanhóis pela terra batida e vem diretamente de Houston onde tentou revalidar o título, sem sucesso. Para Dimitrov será a estreia em competição nesta superfície.
Fernando Verdasco é aquilo que no ténis se chama um especialista em terra batida, categoria que muitos julgam estar em vias de extinção. Nadal, Ferrer e até mesmo Federer vieram mudar esse paradigma, de que os mais fortes no pó de tijolo não tinham como ser igualmente competitivos noutras superfícies. Com eles provou-se que é possível e há quem defenda que a aprendizagem neste piso, em tenra idade, com a passagem posterior para os pisos mais rápidos, prepara melhor os tenistas para essa versatilidade. Voltando atrás, os sintéticos não são a praia de Verdasco, por assim dizer. É na argila que se sente em casa e mostra o seu melhor ténis. No ranking ATP é quadragésimo, com um registo de dezoito vitórias e cinco derrotas em 2015. Mas se houvesse uma classificação só para esta superfície ele estaria muito acima. Assim, ao contrário do seu próximo adversário que só agora se estreia a competir em terra batida, o espanhol já vai no nono encontro neste piso, seis dos quais vitoriosos. Na primeira quinzena de Fevereiro aproveitou o circuito sul-americano. Foi semifinalista em Quito, perdendo para Feliciano López (7-6, 7-6) e esteve também em São Paulo0, onde não passou dos oitavos, derrotado pelo sérvio Dusan Lajovic (6-7, 6-3, 6-4). Vem para Monte Carlo via Houston, onde tentou defender o título conquistado em 2014. Não foi feliz na sua pretensão e caiu na meia-final às mãos do norte-americano Sam Querry. A entrada em ação no Mónaco acontecerá apenas três dias depois desse encontro, com viagem para cruzar o Atlântico pelo meio, o que pode indiciar algum cansaço por parte do espanhol de trinta e um anos.
Grigor Dimitrov tem tido um início de temporada pouco fulgurante. Ninguém questiona o seu talento e capacidades mas parece haver qualquer coisa no jogo do búlgaro que em 2015 ainda não começou a carburar. A sua melhor classificação da temporada foi a meia-final de Brisbane, onde foi afastado por Roger Federer (6-2, 6-2). No Open da Austrália perdeu para Andy Murray (6-4, 6-7, 6-3, 7-5), na ronda dos oitavos de final, e desde então ainda não aguntou mais de duas partidas por torneio. Dito isto, a mudança de superfície pode ser exatamente o impulso que o jovem de vinte e três anos está a precisar para animar. Mesmo não estando ao seu melhor Dimitrov tem o que é preciso para ultrapassar Verdasco. O número onze do ranking ATP têm-se dado bem nas condições específicas de Monte Carlo – nos dois últimos anos chegou aos oitavos e quartos de final – e o seu embate com Rafa Nadal, em 2013, foi particularmente espetacular.
Fernando Verdasco leva vantagem mínima no historial curto de confrontos (2-1). Só o primeiro aconteceu em terra batida – em Baastad – e apenas numa das ocasiões a decisão se fez em sets diretos – no torneio de exibição de Kooyong. É de esperar que mais uma vez o duelo se prolongue para um terceiro set.
2014 | Beijing | Dimitrov | 2 | 6 | 3 | 6 | 1R | |||
Verdasco | 1 | 1 | 6 | 3 | ||||||
2014 | Kooyong | Verdasco | 2 | 6 | 6 | |||||
Dimitrov | 0 | 4 | 2 | |||||||
2013 | Bastad | Verdasco | 2 | 7 | 5 | 7 | MF | |||
Dimitrov | 1 | 6 | 7 | 5 |
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