Pablo Carreño Busta – Grigor Dimitrov (Roland Garros)
Ao fim de três anos consecutivos a derrapar na primeira ronda, Grigor Dimitrov chega à terceira eliminatória de Roland Garros a jogar de forma irrepreensível. O búlgaro afastou Tommy Robredo em pouco mais de duas horas e diz-se preparado para evoluir para o nível seguinte. Pela frente terá o vencedor do Millennium Estoril Open, Carreño Busta, que derrotou na ronda anterior Taro Daniel.
Pablo Carreño Busta está a ter uma no bastante animador, nos dois tipos de superfície por onde passou até esta altura. Depois de atingir a terceira ronda no Open da Austrália, o espanhol de vinte e cinco anos esteve muito perto de reforçar a galeria de troféus na terra batida sul-americana. Foi às meias-finais em Buenos Aires e São Paulo – perdeu com Dolgopolov (7-5, 6-2) e Pablo Cuevas (6-3, 7-6), os eventuais campeões dos respetivos torneios – e à final do Rio de Janeiro, que Dominic Thiem (7-5, 6-4) ganhou. Mas o título, o terceiro de carreira, aconteceu em Portugal. Carreño Busta, que tinha sido finalista vencido no evento luso no ano anterior, conquistou o troféu frente a Gilles Muller (6-2, 7-6). Mas antes teve que superar a armada espanhola: Robredo (7-6, 7-5), Almagro (6-2, 6-4) e Ferrer (6-3, 6-3).
Nas duas últimas temporadas Pablo Careño Busta empancou na segunda ronda. Pelo menos esse patamar está superado desta vez. Bateu o alemão Florian Mayer (6-4, 6-2, 6-2) na primeira ronda e na segunda levou de vencido o japonês Taro Daniel (7-5, 6-4, 4-6, 6-0). O nipónico elogiou a tenacidade do adversário e a forma como foi capaz de elevar o nível do seu jogo sempre que a partida entrava nos momentos decisivos. Ao invés de cometer erros, Carreño fica ainda mais focado e assertivo nessas alturas. Será um recurso fundamental para o espanhol dar a volta ao talento de Dimitrov que, do ponto de vista mental, pode ser menos forte.
Grigor Dimitrov diz que tudo se está a encaixar para poder levar o seu jogo ao nível seguinte. Muitos anos de trabalho e enormes expetativas para aquele que já foi chamado de Baby Federer. Por mais que estas comparações incomodem são sempre sinal de reconhecimento de talento particular. Apesar de só ter vinte e seis anos, o búlgaro já fez a sua travessia do deserto, e talvez agora esteja mental e emocionalmente pronto para desabrochar em definitivo.
Depois de três edições consecutivas a derrapar na primeira ronda, sem vencer uma partida em Roland Garros, Grigor Dimitrov voltou aos triunfos na terra batida de Paris. Bateu primeiro o francês Stephane Robert (6-3, 6-3, 6-4) e na segunda ronda superou o veterano Tommy Robredo (6-3, 6-4, 7-5) em sets diretos, em pouco mais de duas horas. No final, o agora décimo terceiro do ranking manifestou grande satisfação com as exibições que está a conseguir produzir no Major parisiense. E quer aproveitar a confluência de boas sensações para ir mais longe. O búlgaro, que foi semifinalista no Open da Austrália – tendo perdido com Rafa Nadal (6-3, 5-7, 7-6, 6-7, 6-4) em cinco sets – conquistou dois títulos individuais no início do ano. Em Brisbane derrotou Nishikori (6-2, 2-6, 6-3) e na capital do país natal, Sofia, afastou David Goffin (7-5, 6-4). Mas depois voltou a ter uma sucessão de resultados mais modestos, pelo menos até começar a respirar o ar de Paris.
2016 | Masters de Madrid | Carreno-Busta | 2 | 7 | 6 | 1R |
Dimitrov | 0 | 6 | 3 | |||
2015 | Masters de Paris | Dimitrov | 2 | 6 | 6 | 1R |
Carreno-Busta | 0 | 4 | 1 |
Pablo Carreño Busta só venceu um dos quatro confrontos anteriores com Grigor Dimitrov, mas foi o mais recente. Foi no ano passado, na primeira ronda do Mutua Madrid Open.