João Sousa – Stanislas Wawrinka (ATP – Wimbledon)
No jogo de estreia da edição de 2014 de Wimbledon, o tenista português mais bem cotado de sempre vai ter pela frente o número três mundial, Stanislas Wawrinka. Sorteio complicado, mas se há jogador do Top-5 que pode abrir um brecha para o português explorar, é o suíço. Desde o início da temporada, em que venceu Chennai e o Open da Austrália, Wawrinka tem andado aos altos e baixos. Sousa entrou bem na nova superfície, atingindo as meias-finais do torneio holandês e está bastante confiante.
Atingir a semifinal em ‘s-Hertogenbosch fez com que João Sousa recuperasse alguns lugares no ranking. O português está de volta à posição quarenta e um e encara a estreia em Wimbledon com níveis elevados de confiança. O adversário será o suíço mais cotado do circuito, Stanislas Wawrinka, o único “cromo” do Top-5 que lhe faltava na caderneta. Na pior das hipóteses, Sousa sai de Wimbledon às mãos de um cabeça-de-série, o que não é vergonha nenhuma. E ainda ganha uma aula grátis de ténis ao mais alto nível, o que é sempre enriquecedor. Mas, se estiver num bom dia, tem uma oportunidade real de ultrapassar este grande obstáculo. Afinal, Wawrinka, tem alternado grandes títulos com prestações desastradas. “Estou consciente de que o Wawrinka é um excelente jogador, mas também acredito nas minhas possibilidades e vou dar o meu melhor para tentar ganhar o encontro”, é sem dúvida a atitude certa. No caso de João Sousa, mais do que ter chegado às meias-finais nos Países Baixos, interessa analisar o percurso até lá. O tenista de Barcelos jogou o qualifying do torneio, o que significa que disputou ao todo seis encontros, tendo sido afastado por Benjamin Becker (6-3, 7-6). Entretanto, foi deixando para trás Kevin Krawietz (7-6, 6-3), Julian Reister (6-1, 6-1), Paolo Lorenzi (6-3, 3-6, 6-3), Mate Pavic (6-2, 6-4) e Thiemo De Bakker (6-4, 6-2). E se considerarmos os dois encontros que jogou, em Halle, – contra o alemão Jan-Lennard Struff (6-4, 6-2) e Roger Federer (6-7, 6-4, 6-2) – podemos considerar que o português teve uma boa preparação para entrar a pés juntos na relva de Wimbledon.
Stanislas Wawrinka entrou em 2014 em grande estilo. Venceu o torneio indiano de Chennai, derrotando Roger-Vasselin (7-5, 6-2) e seguiu para o Open da Austrália, onde venceu o n.º 1 Rafa Nadal na final (6-3, 6-2, 3-6, 6-3). A sua presença no primeiro Grand Slam da temporada foi uma exibição dominante. À exceção de Nadal, que estava claramente diminuído fisicamente, teve de enfrentar adversários de peso, ao seu melhor nível. Eliminar Novak Djokovic (2-6, 6-4, 6-2, 3-6, 9-7) e Tomas Berdych (6-3, 6-7, 7-6, 7-6) de enfiada não é para qualquer um. Depois disso esteve meio desaparecido em combate – com resultados modestos – até Monte Carlo. No histórico torneio que inaugura a temporada de terra batida, Stanislas ressurgiu confiante no court, afastando Marin Cilic (6-0, 6-2), Milos Raonic (7-6, 6-2), David Ferrer (6-1, 7-6) e, finalmente, derrotando o compatriota Roger Federer (4-6, 6-7, 6-2), no que parecia um momento de maturidade. Chegou a haver grandes expetativas relativamente a um segundo título do Grand Slam, Wawrinka retirou o seu nome do Portugal Open para se dedicar ao treino, mas logo caíram por terra. Em Madrid resistiu apenas um encontro – perdeu com Dominic Thiem (1-6, 6-2, 6-4) –, em Roma aguentou-se até à segunda ronda para voltar a fraquejar na partida inaugural do Major de Paris – Gullermo Garcia-Lopez (6-4, 5-7, 6-2, 6-0).
João Sousa e Wawrinka nunca se defrontaram antes, esta será uma estreia absoluta.
A Bet365 oferece-lhe 50€ de bónus para apostar neste jogo: http://bitly.com/50eurbonus
