Islândia – Inglaterra (Liga das Nações)

O Estádio Laugardalsvöllur, em Reykjavík, será o palco do confronto do próximo sábado, à tarde, entre as seleções da Islândia e da Inglaterra, que medem forças a propósito da 1.ª jornada do Grupo 2 do primeiro escalão da Liga das Nações da UEFA 2020/21. Depois de ter falhado a qualificação para a fase final do Euro 2020, a seleção orientada pelo sueco Erik Hamrén procurará realizar um trajeto digno num grupo onde o favoritismo recai sobre a Inglaterra e também a Bélgica. Por seu turno, o grupo comandado por Gareth Southgate sabe o que é marcar presença na “final-four” da Liga das Nações, onde pretende estar novamente, depois de um trajeto de qualificação para o Europeu quase perfeito.

Análise Islândia

Após a entusiasmante e memorável campanha realizada na fase final do Campeonato da Europa de 2016, onde só caiu nos quartos-de-final contra a futura finalista vencida e anfitriã França, a seleção da Islândia tem tido alguma dificuldade para voltar a gerar o “hype” anterior em seu redor. No Mundial 2018, o conjunto nórdico não conseguiu uma boa prestação, acabando eliminado logo na fase de grupos sem vitórias. Na primeira edição da Liga das Nações da UEFA, a prestação num grupo ao lado de Suíça e Bélgica também ficou muito longe de convencer. A imagem mais recente deixada pela Islândia é, contudo, a de uma seleção disposta a lutar até aos últimos instantes: 3.ª classificada no Grupo H de apuramento para o Euro 2020, onde fez 19 pontos (seis vitórias, um empate, três derrotas, 14 golos marcados e 11 golos sofridos), menos quatro que a Turquia e menos seis que a França, as duas seleções apuradas.

A última partida oficial realizada pela seleção da Islândia foi a 17 de novembro do ano passado, na última jornada do apuramento para o Europeu, onde o conjunto orientado por Erik Hamrén venceu fora a Moldávia, por 1-2. Já no ano civil de 2020, em janeiro passado, ainda antes da interrupção das partidas internacionais, a Seleção Islandesa realizou dois jogos de preparação, onde venceu, em ambas as ocasiões por 1-0, diante das seleções do Canadá e de El Salvador. Ambos os amigáveis foram realizados em território norte-americano, em Irvine e Carson, respetivamente.

Onze provável: Halldórsson – Hermannsson, Árnason, Ingason, Skulason – Sigurdsson, Bjarnason, Traustason, Anderson – Sigthorsson, Bödvarsson

Análise Inglaterra

Após um período de declínio evidente na sua história, a seleção de Inglaterra encontra-se novamente em fase ascendente, numa retoma que teve início de forma mais assertiva com a prestação conseguida pelos comandados de Gareth Southgate na fase final do Campeonato do Mundo da Rússia, em 2018. Na sequência, os ingleses tornaram a afirmar-se no contexto internacional, desta vez especificamente europeu, ao garantir o apuramento para a “final four” da Liga das Nações 2018/19 num grupo contra Espanha e Croácia. Nas meias-finais, a Inglaterra foi eliminada pela Holanda, após prolongamento.

A última imagem deixada pela Seleção Inglesa antes da interrupção dos jogos internacionais provocada pela pandemia de covid-19 foi, no entanto, bastante positiva, na caminhada quase incólume de apuramento para a fase final do Euro 2020, que será realizado em 2021, onde há muita expectativa em torno do que poderá a equipa dos três leões fazer. Na qualificação, Inglaterra acabou na liderança do Grupo A, com 21 pontos (sete vitórias e apenas uma derrota, com 37 golos marcados e seis sofridos em oito jogos), à frente da República Checa. Na última partida realizada, a 17 de novembro de 2019, os britânicos golearam fora o Kosovo, por 0-4, alcançando a terceira vitória consecutiva depois da derrota surpreendente na deslocação à República Checa (2-1), em outubro de 2019.

Onze provável: Pope – Alexander-Arnold, Gomez, Dier, Walker – Ward-Prowse, Rice, Mount – Sancho, Kane, Sterling

Dica de Prognóstico

Pela diferença de forças qualitativas entre os dois conjuntos, este deverá ser um jogo dominado, ao nível da posse e da iniciativa de jogo ofensivo, pela seleção de Inglaterra, perante uma seleção da Islândia muito mais focada no momento da organização defensiva e a tentar, apenas a espaços, sair com perigo para o contra-ataque. Pelo que a seleção de Erik Hamrén tem vindo a exibir em termos defensivos, sobretudo em casa, onde tem dificultado a tarefa mesmo a adversários teoricamente mais fortes, prevê-se um jogo onde a Inglaterra possa vir a sentir alguma dificuldade para criar muitas situações evidentes de finalização. No entanto, a dinâmica ofensiva que o conjunto de Southgate possui, aliada à necessidade de vencer num formato de competição exigente, num grupo que ainda conta com Bélgica e Dinamarca, deverá ser suficiente para os ingleses conseguirem destruir a muralha defensiva dos islandeses. Neste sentido, perfila-se como uma opção interessante a vitória da Inglaterra num jogo com Menos de 4,5 golos no total, um mercado agregado cotado a 1.48 pela Betclic.