Espanha – República Checa (Euro 2016)
Depois da Croácia ter vencido a Turquia no jogo de abertura do Grupo C deste Euro 2016, será a vez da Espanha encontrar a República Checa no Stadium Municipal de Toulouse. Depois de uma péssima prestação no último Mundial, a Espanha tenta reavivar o seu estatuto, mesmo que o ambiente em volta da seleção seja conturbado, com acusações a pender sobre De Gea. Já a República Checa chega sem pressão a esta prova, para mais incluída num grupo onde passa por ser um dos conjuntos que corre por fora. Esse facto poderá permitir-lhe encontrar formas de prejudicar os objetivos espanhóis.
A Espanha realizou uma fase de apuramento sem grandes problemas, salientando o Mundial 2014 como um mau momento que, em termos gerais, foi bem ultrapassado, com a manutenção de Vicente del Bosque na liderança técnica da equipa, apostado em levar a cabo a sua renovação sem entrar pelo modo de mudanças drásticas. Dez jogos e nove vitórias, com apenas três golos sofridos, todos nos primeiros dois encontros, voltaram a mostrar a Espanha como uma equipa intransponível para a maioria dos seus adversários. A aproximação ao Euro 2016, no entanto, parece ter feito regressar alguns fantasmas de intranquilidade. Dois empates, frente a Itália e Roménia, nos amigáveis de março e uma derrota com a Geórgia no último jogo antes da viagem para França criaram um contexto de instabilidade, que foi agravado pelo envolvimento de David De Gea na investigação de um caso de agressão sexual. Para tudo Vicente del Bosque tem encontrado solução na sua bonomia e boa relação com os jogadores, tendo até afastado Diego Costa da sua convocatória final em busca de uma tranquilidade que encarará como chave para a progressão até aos jogos decisivos. Este Grupo C não lhe apresenta, propriamente, uma caminhada acessível. Mas é obrigatório que, desde já, possam começar a evidenciar-se os sinais de domínio da armada espanhola.
Onze Provável: Casillas – Juanfran, Sérgio Ramos, Piqué, Jordi Alba – Iniesta, Busquets, Koke – David Silva, Morata, Nolito.
A República Checa venceu o seu grupo de apuramento, superando a surpresa islandesa, para além de equipas como a Turquia e a Holanda. Curiosamente, a equipa checa até perdeu pontos primeiro com a Letónia, num empate caseiro, ao qual se seguiram derrotas na Islândia e com a Turquia, de novo em casa. O conjunto checo baseia a sua proposta de jogo na solidez e equilíbrio nos diferentes setores, ainda que nos jogos de preparação também nem sempre tenha conseguido sair da melhor forma. Derrotas com a Escócia e a Coreia do Sul, para além de um empate com a Suécia, não foram esquecidos com as vitórias perante Malta e a Rússia. Borek Dockal é a única dúvida com vista ao encontro frente aos espanhóis, depois de se ter lesionado num dos últimos jogos de preparação. O jogador do Sparta de Praga atuou em nove partidas do apuramento, marcando quatro golos, pelo que a sua ausência será motivo de preocupação para os adeptos.
Onze Provável: Cech – Kaderabek, Sivok, Kadlec, Limbersky – Plasil, Darida – Dockal, Kolar, Krejci – Necid.
Em quatro jogos disputados entre as duas seleções, a Espanha venceu por três vezes, tendo-se registado um empate em 1996, na primeira vez que se encontraram com esta designação da parte dos checos.
O favoritismo espanhol é incontestável, mas a capacidade dos checos para se superarem nestes contextos de dificuldade farão deles um adversário temível para Nuestros Hermanos.