NBA – Decididos que estão os cinco iniciais do All Star deste ano, analisamos aqueles que foram escolhidos como os dez melhores jogadores da Liga para os adeptos. Como é óbvio, a escolha popular nem sempre coincide com aquilo que vamos vendo acontecer dentro dos campos, pelo que se pode falar de justiça e injustiça.
Começamos pela Conferência Este onde a principal nota vai para o facto de nenhum jogador com características de interior ter sido escolhido. Sendo que os boletins de votação separam os jogadores por apenas duas categorias, o cinco inicial do Este ver-se-á obrigado a pedir a Carmelo Anthony e LeBron James para se envolverem na luta pelas tabelas. Mas, pelo que veremos na equipa adversária, esse parece ser um ponto comum aos dois lados da contenda.
Podemos dizer que no Este as escolhas quase se fazem por si próprias. Poucos serão os analistas a dizer que LeBron James e Carmelo Anthony não são escolhas mais do que óbvias para qualquer All Star, estejam onde estiverem. Junto destes dois nomes, também Dwyane Wade merece bastante crédito pela forma como ajuda os Miami Heat a assegurar títulos, apesar deste ano, uma vez mais, se sentir algo limitado pelas lesões. Assim podemos dizer que apenas dois lugares abriam espaço para discussão na equipa do Este.
Paul George, o líder dos Indiana Pacers, recebe com merecimento o lugar no cinco inicial. A sua evolução, já assinalada no ano passado, torna-o um jogador bem difícil de parar. Quanto ao escolhido para o jogo exterior, a opção por Kyrie Irving demonstra que talvez no Este não exista grande competição. Deron Williams está bem longe de mostrar a qualidade a que nos habituou, Rajon Rondo só agora regressou à competição e nunca foi, propriamente, um jogador popular, Derrick Rose não dá qualquer esperança de poder voltar a jogar este ano e só John Wall parecia poder concorrer à posição. Em resumo, as escolhas a Este parecem tocadas pela justiça.
A Oeste, a conversa é ligeiramente diferente. Digamos que dois jogadores parecem poder entrar sem qualquer discussão neste cinco. Kevin Durant, um forte candidato a melhor jogador da Liga, é indiscutível, enquanto Stephen Curry, pela forma como lidera os Golden State Warriors, também é um natural merecedor desta distinção. De resto, o público escolheu Kobe Bryant que, lesionado, já anunciou não ir marcar presença na contenda. Trata-se, obviamente, de uma escolha de carreira e popularidade, porque Kobe não teve oportunidade de fazer nada que o justificasse nos poucos jogos em que entrou em campo. James Harden, Damian Lillard e Chris Paul são, para o caso, três jogadores injustamente esquecidos pelos admiradores.
No jogo interior do Oeste, Kevin Love será, talvez, um jogador aceitável, tendo Blake Griffin como seu companheiro. São dois bons jogadores que cumprem épocas bastante interessantes, sem dúvida alguma. Mas parece difícil justificar a ausência de LaMarcus Aldridge deste cinco, da mesma forma que Dwight Howard continua a trabalhar para a sua equipa com a mesma dedicação e qualidade que um All Star pode oferecer. O sentimento de injustiça entrará em campo com a camisola da Conferência Oeste. Os treinadores ainda estão a tempo de o reparar, fazendo as escolhas certas para ocupar o banco e, com o plantel completo, assegurar a vitória no All Star.
Boas apostas!