Nada menos do que 14 golos nos quatro jogos da primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa, com o Benfica a marcar por três vezes, depois de ter entrado a perder no encontro frente ao Newcastle.
Surpresa inicial retificada ao intervalo
O Newcastle apresentou-se na Luz com uma equipa focada num jogo direto, procurando sobretudo a velocidade de Sissoko, que tentava servir Papiss Cissé em condições de chegar ao golo. E, na verdade, consegui-o bem cedo, logo aos 13 minutos, facilitado por erros de marcação da defesa encarnada. O Benfica não conseguia pegar no jogo, com o Newcastle a manter o perigo perto da baliza de Artur, tendo enviado uma bola ao poste. As primeiras reações encarnadas só começaram a ter efeito aos 25 minutos, quando Rodrigo conseguiu surgir na pequena área a aproveitar uma defesa incompleta de Tim Krul. Nada a assinalar na exibição do holandês, porém, tendo sido o principal responsável pelos ingleses voltarem a casa com uma desvantagem de apenas 2 golos.
Só depois do intervalo o Benfica foi capaz de se exibir ao melhor nível. Mas antes, Papiss Cissé ainda haveria de enviar a bola ao poste, pela segunda vez. A dupla substituição operada por Jorge Jesus aos 61 minutos, com André Gomes e Rodrigo a darem o seu lugar a Enzo Pérez e Lima, foi o tónico que faltava a um Benfica melhor organizado e mais capaz de suster o ataque dos ingleses. Numa das suas primeiras oportunidades, Lima colocou o resultado em 2-1, e a partir daí os encarnados foram dominando as operações, chegando ao terceiro golo através de uma grande penalidade de Cardozo. A vantagem assegura aos encarnados uma deslocação mais sossegada a Inglaterra, não podendo, ainda assim, descansar sobre a glória acumulada, tendo em conta a capacidade que o seu adversário demonstrou para criar problemas ao Benfica.
Golos para todos os gostos nas restantes partidas
Stamford Bridge engalanou-se para assistir à vitória do Chelsea sobre o Rubin Kazan por 3-1. A equipa russa fez algumas alterações no onze esperado, sendo a mais surpreendente ter deixado Rondón sentado no banco. Foi dali que o venezuelano viu Fernando Torres abrir o marcador aos 16 minutos. O internacional espanhol, a jogar com uma máscara protetora, surgiu isolado mas acabou por marcar o golo mais enrolado da noite, só conseguindo desviar a bola de Ryzhikov quando já estava praticamente sentado no chão. Victor Moses aumentou para 2-1 à passagem da meia-hora, com um potente remate à entrada da área. O Rubin reduziu ainda na primeira parte, com Natcho a marcar de grande penalidade. Fernando Torres voltou a marcar, aos 70 minutos, fechando assim a contagem.
Noite de emoções em White Hart Lane com o Tottenham a lamentar o resultado e, sobretudo, a lesão de Gareth Bale. O Basileia marcou por duas vezes num espaço de 5 minutos, à passagem da meia-hora de jogo, primeira por Strocker, depois por Fabian Frei. Adebayor aproveitou uma bola perdida na pequena área para reduzir à beira do intervalo, com Sigurdsson a igualar, já na segunda parte, com um excelente remate de fora da área. A equipa inglesa passou a última meia-hora a bater contra o muro defensivo dos suíços, mas as más notícias chegaram já perto do fim, quando Gareth Bale teve que sair, lesionado, restando agora a dúvida de quanto será o tempo de paragem. Uma coisa é certa, perder o galês era a última coisa que André Villas-Boas quereria para o seu final de temporada.
Na Turquia, o Fenerbahce colocou-se em excelente posição para conseguir o apuramento para as meias-finais, batendo o Lazio por 2-0. O primeiro golo surgiu já aos 78 minutos de jogo, com Webo a marcar numa grande penalidade, e Kuyt acabaria por alargar a vantagem em cima dos 90 minutos. Uma vitória muito festejada em Istambul, mas que terá que ser confirmada em Roma, frente a uma Lazio que somou aqui a sua primeira derrota na competição e que quererá vingá-la no seu estádio.