Chelsea – Manchester United (Premier League)
Mourinho prepara-se para regressar a Stamford Bridge, evitando a todo o custo uma derrota pesada como a da passada temporada. Os tempos são outros e nesta época o Chelsea já não demonstra o mesmo poderio quase inabalável. O Man United continua limitado nas suas opções devido a lesões importantes mas a equipa tem sido eficaz no encontrar de soluções. Ambas as equipas têm recorrem com regularidade ao banco para desbloquear os encontros.
Antonio Conte vai tentar arrancar uma reação da Chelsea, depois da derrota sofrida em Roma (3-0) a meio da semana. Os Blues quebraram assim a frente unida dos clubes ingleses, que se mantinham cem por cento vitoriosos nas competições europeias. E nem sequer podem argumentar que fizeram algumas poupanças significativas. A exibição foi mesmo fraca, coletivamente fraca. El Shaarawy e Diego Perotti fizeram o resto. Não podemos tirar mérito à formação italiana, que ascendeu assim ao primeiro lugar do Grupo C com um ponto de vantagem, e já tinha feito um bom jogo na deslocação a Londres. Mas não surpreende a derrota, talvez só a dimensão. O registo de três vitórias consecutivas nas provas domésticas disfarça o facto de não terem sido assim tão taxativas. O Watford não merecia ter perdido por 4-2, a eliminação do Everton (2-1) só aconteceu em tempo de descontos e no triunfo sobre o Bournemouth (0-1) valeu a criatividade de Hazard para conseguir a margem mínima.
O Chelsea está na quarta posição da tabela, com dezanove pontos, tantos quantos o Arsenal. Mas estão ambos a nove do City, que encabeça a classificação. A equipa tem acusado muito a ausência de N’Golo Kanté e há grande expectativa que o pequeno francês possa estar de volta ao alinhamento inicial. A sua falta sente-se não apenas no momento defensivo, na cobertura dos espaços, mas também, e isto seria menos expetável, no início da construção. A questão que se levanta é que mesmo que regresse, depois de uma lesão de alguma envergadura, não estará ao seu melhor nível. Poderão dizer que um Kanté perro é melhor que qualquer outro médio deste plantel mas as funções que cumpre dependem bastante da sua disponibilidade física.
Azpilicueta saiu magoado do jogo da Liga dos Campeões e já foi dispensado da convocatória da seleção inglesa. Moses continua lesionado.
Onze Provável: Courtois – Rudiger, David Luiz, Cahill – Zappacosta, Bakayoko, Kanté, Alonso – Pedro, Morata, Hazard.
O Manchester United continua limitado por lesões importantes mas com maior ou menor sofrimento a equipa está a conseguir navegar a contento esta fase mais complicada. No fim de semana passado os Red Devils conseguiram levar a melhor sobre o Tottenham (1-0) com um golo de Anthony Martial. O francês saltou do banco aos setenta minutos, para render Rashford, e ao fim de onze minutos já estava a faturar. Este ano tem sido muito assim. Os dois têm alternado na titularidade do lado direito do ataque, e têm alternado também na forma como impactam os jogos a partir do banco. Uma solução recorrente quando Romelu Lukaku não encontra rotas para a baliza. O avançado belga tem estado debaixo de fogo pela falta de golos e Mourinho não se cansa de defender o jogador. A verdade é que ele pode não atinar com os golos mas trabalha muito dentro de campo, abrindo espaço para que outros assumam essa responsabilidade.
Na terça-feira o United veio à Luz somar a quarta-vitória na Liga dos Campeões, ajudado pelo azar de Svilar. O jovem guarda-redes ainda defendeu o penalti de Martial mas acabou por fazer autogolo com as costas em cima do intervalo. Na segunda parte Daley Blind reforçou com nova marcação de grande penalidade, desta feita bem-sucedida. A passagem aos oitavos de final já está garantida mas Mourinho diz que quer vencer todos os jogos e que se isso ajudar o Benfica., tanto melhor.
Michael Carrick e Paul Pogba já estão de volta aos treinos mas depois de paragens mais ou menos prolongadas não devem ter ritmo para duelos desta exigência. Lingard está em dúvida também.
Onze Provável: De Gea – Bailly, Smalling, Jones – Valencia, Herrera, Matic, Young – Rashford, Mkhitaryan, Lukaku.
Manchester United | 2-0 | Chelsea |
Premier League 2016/17
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Chelsea | 1-0 | Manchester United |
Taça de Inglaterra 2016/17
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Chelsea | 4-0 | Manchester United |
Premier League 2016/17
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Na época passada Chelsea e United cruzaram-se três vezes – nas duas partidas do campeonato e nos quartos de final da Taça de Inglaterra – e foi sempre a equipa da casa a levar a melhor.