Chelsea
O Chelsea FC foi fundado em 1905 por Gus Mears, depois deste ter adquirido Stamford Bridge, onde já se disputavam competições desportivas, tendo a finalidade de o transformar num estádio de futebol. Criado entre os bairros de Fulham e Chelsea, num bar The Rising Sun (em frente ao local onde se encontram, atualmente, as instalações do Fulham), Mears hesitou entre diversos nomes até se decidir por Chelsea. A verdade é que, apesar da fundação pouco habitual, o clube estava destinado para grandes feitos.
Logo no seu primeiro ano de existência, o Chelsea FC alcançou a promoção à Primeira Divisão. No ano em que completou dez anos, em 1915, alcançou a final da Taça de Inglaterra e, em 1920, terminou o campeonato como terceiro classificado. O Chelsea atraía multidões ao seu estádio e ganhava fama por fazer grandes contratações, algo que, curiosamente, se viria a repetir na sua história. No entanto, os títulos pareciam fugir e foi só depois de uma passagem pelas divisões secundárias e da II Guerra Mundial que o primeiro título foi festejado em Stamford Bridge.
Ted Drake, que enquanto jogador havia alcançado o reconhecimento ao serviço do Arsenal, foi nomeado Manager em 1952 e conduziu a reestruturação do clube para a modernidade. As alterações tiveram efeitos rápidos, conseguindo o Chelsea conquistar o seu primeiro título nacional em 1955. Depois de Tommy Docherty ter liderado o clube nos anos 60, foi já sob o comando de Dave Sexton que o Chelsea conquistou a Taça de Inglaterra, em 1970, e o seu primeiro título europeu, a Taça das Taças, no ano seguinte. Essas glórias não impediram que o clube acabasse por viver um período bem negro entre o final dos anos 70 e durante a década de 80, amontoando dívidas, vivendo problemas de hooliganismo entre os seus adeptos e perdendo a propriedade do seu estádio para os bancos.
Ken Bates adquiriu o Chelsea, em 1982, pela quantia simbólica de 1£, conseguindo resgatar desportivamente o clube, devolvendo-o à divisão principal do futebol inglês e recuperando também a posse do estádio em 1992. A partir daqui estavam criadas as bases para o Chelsea do futuro, tendo passado por Stamford Bridge alguns dos grandes nomes do futebol europeu. Ruud Gullit, primeiro como jogador e depois como treinador, conquistou a Taça de Inglaterra em 1997, tendo sido substituído no cargo por outro ex-jogador da casa, o italiano Gianluca Vialli, que alcançaria a final da Taça das Taças em 1998, a conquista da Taça no ano 2000 e também a primeira presença do Chelsea na Liga dos Campeões.
Em 2003, o clube foi adquirido pelo magnata russo Roman Abramovich. Contratado José Mourinho, o Chelsea tornou-se, finalmente, numa das grandes potências de Inglaterra, conquistando dois títulos consecutivos, em 2005 e 2006, a Taça da Liga em 2005 e 2007 e a Taça de Inglaterra em 2007. O técnico português beneficiou de uma grande soma para constituir o seu plantel, tendo-o feito à volta de três nomes que ficam para a história do clube: John Terry, Frank Lampard e Didier Drogba. Já sob o comando de Avram Grant, a equipa perderia na final da Liga dos Campeões para o Manchester United.
A partir daí, o Chelsea passou também a ser conhecido como um “cemitério de treinadores”. Guus Hiddink, Carlo Ancelotti ,André Villas-Boas e Roberto Di Matteo passaram pela cadeira durante curtos períodos, perante a ambição de Abramovich, ainda que o holandês tenha ganho a FA Cup em 2009, Ancelotti tenha conquistado a dobradinha em 2010 e Di Matteo tenha, finalmente, cumprido o sonho do russo ao vencer a Liga dos Campeões. Atualmente Rafael Benítez lidera os Blues, não sem que o seu nome não tenha já sido posto em causa.
Mesmo navegando por águas turbulentas, o Chelsea é hoje uma equipa incontornável no futebol inglês.