Benfica – Juventus (Liga Europa)
Foi há poucos dias atrás, no domingo de Páscoa, que o Estádio da Luz se encheu para ver o Benfica derrotar a Olhanense e festejar a conquista do título pelas ruas de Lisboa. Mas, nem no momento da festa o foco dos jogadores se deslocou das restantes missões que havia para cumprir. A principal delas passa pelo encontro desta quinta-feira, agora que resta apenas a Juventus entre os encarnados e a possibilidade de repetirem presença na final da Liga Europa. A derrota com o Chelsea, na temporada passada, deixou uma sensação levemente amarga na boca de todo o plantel, que acredita que, numa segunda oportunidade, não deixará fugir-lhe o troféu das mãos.
A carreira do Benfica nesta Liga Europa tem sido exemplar, com apenas um empate caseiro frente ao Tottenham, numa eliminatória que estava controlada depois da vitória em Londres. De resto, todos os outros encontros acabaram com o Benfica a ganhar, algo que passa por ser essencial na partida frente à Juventus. Em termos absolutos, os encarnados somam uma série de sete partidas a ganhar, mesmo com o técnico Jorge Jesus a optar, muitas vezes, por fazer a rotação do plantel consoante a prova em causa. Esse tem sido, aliás, um dos grandes pontos de evolução do técnico e da equipa, demonstrando maior capacidade para utilizar um número alargado de jogadores sem perder qualidade na sua abordagem aos encontros. Isso acabou, também, por ajudar na gestão das lesões de alguns jogadores, com Jesus a encontrar sempre boas opções para os elementos que não estivessem disponíveis. Sílvio e Sálvio são os dois elementos que estavam fora das contas da equipa encarnada, ambos com lesões que os impedirão de voltar a estar em jogo esta temporada. Fejsa e Gaitán também não estarão totalmente recuperados e acabaram por ficar de fora da convocatória. Já Rúben Amorim, recuperado, deverá entrar diretamente na equipa titular na noite de quinta-feira.
Onze provável: Oblak – Maxi Pereira, Luisão, Garay, Siqueira – Ruben Amorim, André Gomes, Enzo Pérez – Rodrigo, Markovic – Lima.
A Juventus chega a este encontro com novo título italiano praticamente garantido, sendo que a festa se deverá realizar num dos próximos fins-de-semana. A equipa desiludiu apenas na Liga dos Campeões e, na Liga Europa, tem a mesma performance do Benfica, apenas com um empate, também em casa, mas na primeira mão, frente à Fiorentina. Com a final da competição a ser jogada em sua casa, a Juventus acabou por adaptar os seus objetivos da temporada para poder terminar o ano com uma conquista que ajudará, no mínimo, a quebrar o gelo com vista à próxima edição da Liga dos Campeões, para além de valer a presença na Supertaça Europeia. Cinco jogos a vencer é o atual registo da Vecchia Signora e qualquer resultado que não seja uma derrota em Lisboa será positivo para seguir em frente. Antonio Conte viajou sem qualquer jogador lesionado e deverá apresentar a sua estrutura habitual, com três defesas e um meio-campo reforçado, na busca de marcar no Estádio da Luz. A principal dúvida poderá estar na utilização de Llorente ou Giovinco, acompanhando Tevez na frente de ataque, sendo que o espanhol oferece maior resistência física e o italiano maior capacidade para explorar a velocidade como arma.
Onze provável: Buffon – Barzagli, Bonucci, Chiellini – Lichsteiner, Pogba, Pirlo, Vidal, Asamoah – Tevez, Giovinco.
As duas equipas encontraram-se por duas vezes em eliminatórias europeias. A primeira delas, na temporada de 1967/68, valeu ao Benfica a presença na final da Taça dos Campeões Europeus, ao bater a Juventus por 2 a 0(em casa) e 1 a 0 (fora). Na segunda, foi a Juventus mais feliz. Corria a temporada de 1992/93 e, nos quartos-de-final da Taça UEFA, os encarnados bateram os italianos por 2 a 1 no Estádio da Luz, vindo a perder por 0 a 3 no campo da Juve.
Numa partida em que o favoritismo pode ser dividido igualmente pelas duas partes, a Juventus apresenta um onze mais experiente a este nível, mas os encarnados poderão dispor de uma maior disponibilidade física para tentar, através da sua velocidade de execução, surpreender os italianos. O que parece certo é que este será um daqueles encontros para mais tarde recordar.
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