Bayern Munique – Raja Casablanca (Mundial Clubes 2013)
Final inesperada no Campeonato do Mundo de Clubes, com o Raja Casablanca, campeão marroquino, a ultrapassar, consecutivamente, os campeões continentais da Oceânia, América do Norte e Central e América do Sul para se enfrentar com o atual campeão europeu e grande favorito à partida para este encontro. O Bayern Munique esperaria um adversário mais cotado, como seria o caso do Atlético Mineiro, mas Pep Guardiola estará preparado para enfrentar uma equipa que entra com a vantagem de jogar com o apoio do seu público.
O Bayern Munique cumpriu com serviços mínimos a sua passagem pelas meias-finais, tendo batido o Guangzhou Evergrande por 3 a 0. A equipa alemã contou com Daniel Van Buyten na zona central, deixando Dante no banco, enquanto outro brasileiro, Rafinha, foi opção para lateral-direito, subindo Philipp Lahm para a zona central do terreno, na intermediária. O técnico catalão não abdicou de ter um jogador mais forte no ataque, como é o caso do croata Mandzukic, opção que deverá voltar a fazer sentido neste encontro, tendo em conta que Raja deverá utilizar as suas linhas bastante recuadas. A única mudança esperada para o onze titular é mesmo a entrada de Dante, oferecendo maior velocidade à linha defensiva do Bayern, na tentativa de eliminar qualquer veleidade demonstrada pelos marroquinos.
Onze provável: Neuer – Rafinha, Dante, Boateng, Alaba – Lahm – Gotze, Thiago Alcântara, Toni Kroos, Ribéry – Mandzukic.
O Raja Casablanca chega a esta partida sem nada a perder. Se nas duas primeiras partidas, frente ao Auckland City e Monterrey, a equipa pareceu acusar algum nervosismo natural, de quem tinha alguma responsabilidade de mostrar qualidade a jogar em casa e sendo um clube com menor experiência internacional a este nível, frente ao Atlético Mineiro, os marroquinos estiveram em grande, fazendo uma partida exemplar. Começaram mais fortes e atacantes, tentando aproveitar um maior ritmo frente aos brasileiros, mas acabaram por compreender que teriam mais vantagens se dessem a bola ao adversário e tentassem aproveitar a velocidade da sua transição para surpreender uma defesa lenta e com imensas dificuldades para alcançar uma linha que colocasse os marroquinos fora-de-jogo. Os dez minutos finais acabaram por ser decisivos e exemplificativos do que se passou neste jogo, com Réver a cometer um erro quase infantil de posicionamento defensivo antes de cometer a grande penalidade que lançou algumas dúvidas. Muita atenção para o que Iajour poderá fazer numa partida em que voltará a ter algum espaço, mas onde terá que decidir e atuar com muito maior rapidez, tendo em conta que os defesas germânicos não darão as mesmas facilidades que os brasileiros.
Onze provável: Askri – El Hachimi, Oulhaj, Belmaalan, Karrouchy – Guehi, Mabidé – Moutouali, Chtibi, Hafidi – Iajour.
O favoritismo está todo do lado do Bayern Munique, que poderá repetir os sucessos de 1976 e 2001, quando conquistou a Taça Intercontinental. No atual modelo de competição, esta será a sua primeira conquista, sendo que o peruano Claudio Pizarro é o único jogador que se poderá gabar de conquistar dois destes títulos com a camisola dos bávaros. Para o Raja Casablanca, esta é uma estreia absoluta, totalmente inesperada, que os seus jogadores tentarão aproveitar para brilhar um pouco mais, assustando, como puderem, o gigante alemão.
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