Arsenal – Hull City (Premier League)
Arsène Wenger recusa atirar a toalha ao chão apesar do Arsenal estar a doze pontos do primeiro lugar mas reconhece que o próximo jogo é dos que é obrigatório ganhar. Com o francês a ver das bancadas, situação que se repete no sábado, os Gunners perderam nas duas últimas jornadas da Premier League. Apesar das deslocações não serem o seu forte, o Hull City tem motivos para ir ao Emirates confiante, depois de um empate em Stamford Bridge e ter batido o Liverpool em casa, sem conceder.
No passado fim de semana aconteceu o que se temia. O Arsenal não foi páreo para a eficácia do Chelsea (3-1) e perdeu o segundo jogo seguido na Premier League, depois de ter cedido os três pontos frente ao Watford (1-2), em casa, na jornada anterior. Arsène Wenger – que assistiu ao encontro nas bancadas, como acontecerá também no próximo sábado – estava lívido com o primeiro golo dos Blues. No lance, Hector Bellerín sofre uma lesão na cabeça e a suspeita de concussão coloca o espanhol em observação diária desde então. Na opinião do técnico francês a falta de Marcos Alonso foi flagrante pelo que o golo não devia ter sido validado. E considera que esse lance determinou o curso da partida. Seja como for, Hazard e Fàbregas fizeram mais dois para os da casa, antes que que Olivier Giroud conseguisse um golo de honra, em cima dos noventa.
Com este resultado, os Gunners ficaram a doze pontos do primeiro lugar mas Wenger acredita que ainda não está fora da luta pelo título. Pode ser que enquanto for matematicamente possível não seja benéfico reconhecer a futilidade mas toda a gente sabe que a não ser que o Chelsea seja apanhado por uma catástrofe ninguém lhes chega. Muito menos uma equipa inconstante que está a quatro vitórias de distância.
Cazorla, Debuchy, Sanogo e Ramsey são as baixas por lesão. Xhaka cumpre mais um jogo de castigo. Elneny parece estar pronto a regressar ao leque de opções, depois de regressar da CAN.
Onze Provável: Cech – Paulista, Mustafi, Koscielny, Monreal – Oxlade-Chamberlain, Coquelin – Welbeck, Ozil, Iwobi – Alexis Sánchez.
O Hull City tem aqui mais um desafio tramado no caprichoso calendário que se alinhou para janeiro e fevereiro mas a equipa tem boas razões para ir a Emirates confiante. Os Tigers venceram os quatro jogos em casa que disputou sob a liderança de Marco Silva: Swansea (2-0) e Manchester United (2-1) para as taças; AFC Bournemouth (3-1) e Liverpool (2-0) para o campeonato. É certo que as deslocações não correram tão bem (1E/ 3D) mas também há que reconhecer que à exceção do Fulham (4-1), os outros adversários eram de topo. Perdeu com o United na primeira mão da Taça EFL (2-0) e empatou no encontro da Liga e saiu derrotado de Stamford Bridge (2-0).
A equipa de Marcos Silva conquistou quatro pontos em seis possíveis nas duas últimas jornadas, que é muito mais do que se esperava, mas mesmo assim continua na décima oitava posição, um ponto acima de Crystal Palace e Sunderland. Middlesbrough, Leicester e Swansea City estão acima, também à distância de um ponto.
A exibição frente à equipa de Jurgen Klopp voltou a colocar Marco Silva no centro das atenções. A exibição provou mais uma vez a sua capacidade de preparação e a execução confirma a forma como os jogadores do plantel estão disponíveis para aprender e evoluir. Mesmo com as lesões, que continuam, e as novas entradas a equipa vai crescendo. Henriksen, Odubajo, Luer, Keane, Dawson e Abel Hernández continuam lesionados. Curtis Davies está em dúvida.
Onze Provável: Jakupovic – Elabdellaoui, Maguire, Ranocchia, Robertson – N’Diaye, Huddlestone – Grosicki, Clucas, Markovic – Niasse.
Hull City | 1-4 | Arsenal |
Premier League 2016/17
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Hull City | 0-4 | Arsenal |
FA Cup 2015/16
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Arsenal | 0-0 | Hull City |
FA Cup 2015/16
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Marco Silva venceu na última vez que foi ao Emirates, na altura com o Olympiacos (2-3). A última vez que o Hull City levou a melhor sobre o Arsenal foi há nove anos, curiosamente numa deslocação ao norte de Londres. Desde então houve doze confrontos, onze dos quais ganhos pelos Gunners.