NCAA – Chega, este fim-de-semana, ao fim, o March Madness, nome pelo qual são conhecidos os campeonatos universitários de basquetebol nos Estados Unidos. A Final Four masculina será disputada em Dallas, enquanto a feminina terá lugar em Nashville. Na primeira, as meias-finais disputam-se no sábado, com o jogo decisivo a ter lugar na madrugada de segunda-feira, enquanto na prova feminina, as meias-finais estão marcadas para domingo e o encontro final para terça-feira.
Nunca és demasiado jovem
John Calipari, o treinador da Universidade de Kentucky, tem vindo a alargar a sua fama de mágico, simplesmente porque consegue transformar jovens prometedores em equipas infalíveis nos momentos decisivos da temporada. Depois de ter ficado praticamente sem jogadores no final do ano passado, com todos os seus melhores atletas a entrarem no Draft para se tornarem jogadores profissionais, muitos esperavam que Kentucky fizesse uma temporada de reconstrução, preparando os próximos anos. No entanto, para John Calipari, preparar-se faz-se melhor a ganhar. Com Julius Randle, um forte candidato ao “one-and-done” que vem marcando os campeonatos masculinos, a liderar a equipa, Kentucky chega a Final Four como um forte candidato a vencer, tendo que, primeiro, ultrapassar Wisconsin nas meias-finais.
O mais forte oponente chega da Florida, onde Billy Donovan vem orientando uma equipa que é aclamada, desde o início do torneio, como o maior candidato a vencer o campeonato. Os Gators apresentam uma performance de 36 vitórias e apenas duas derrotas, tendo ultrapassado a sua Conferência, a SEC, sem perder nenhum encontro. Ao contrário de Kentucky, na equipa da Florida reina a experiência, com três jogadores de último ano, Casey Prather, Scottie Wilbekin e Patric Young, a surgirem entre os principais contribuidores da equipa, em pontos e assistências. Michael Frazier III e Dorian Finney-Smith completam um conjunto que oferecerá bastante luta a quem encontrar pela frente. Na meia-final, será o inesperado Connecticut, liderado pelo antigo jogador da NBA Kevin Ollie, a tentar a sua sorte, apresentando argumentos de qualidade e a confiança que só se adquire vencendo partidas decisivas umas atrás das outras.
Em Nashville há outra música
No campeonato feminino, a sensação é a presença na Final Four de duas equipas sem derrotas na temporada. Connecticut e Notre Dame chegam aos jogos decisivos com condições para termos uma final de invencíveis, ainda que a equipa das Fighting Irish perdeu a sua melhor jogadora interior, Natalie Achonwa, para uma lesão do ligamento cruzado no jogo do Elite Eight. Kayla McBride fica assim com a responsabilidade de parar, na meia-final, Alyssa Thomas, que é a estrela de Maryland, a equipa mais surpreendente desta final. Apontada como quarta designada na sua fase regional, o conjunto de Thomas bateu os favoritos Tennessee e Lousiville, podendo aproveitar as fragilidades de Notre Dame para alcançar uma presença inesperada na final.
Para Connecticut, jogar uma Final Four é um acontecimento normal. No seu cinco inicial, que é o mais forte deste campeonato, todas as jogadoras sabem o que é vencer, pelo menos, um campeonato, dado que as Huskies venceram na passada temporada. A assegurar que as melhores jogadoras continuam a chegar a Connecticut está Geno Auriemma, um homem que poderá subir, sozinho, ao ponto mais alto da história do basquetebol feminino, caso vença o título deste ano. Será o seu nono campeonato nacional e servirá para se destacar de Pat Summit, antiga treinadora de Tennessee que somou oito conquistas. Para o alcançar, terá primeiro que anular Chiney Ogwumike, considerada como a melhor jogadora deste campeonato e a principal favorita a ser escolhida como número 1 do próximo Draft da NBA. É uma poste muito móvel e faz de Stanford uma equipa muito difícil de parar junto das tabelas. Se isso será suficiente para eliminar todas as ameaças das Huskies é algo que só ficaremos a saber na noite de domingo.
Boas Apostas!