Tomas Berdych – Andy Murray (ATP Masters Madrid)
Andy Murray continua a defesa do título conquistado no ano passado. Depois de eliminar Gilles Simon de forma categórica terá agora pela frente Tomas Berdych que, por sua vez, descartou o regressado David Ferrer. O escocês lidera o historial de confrontos pela margem mínima mas o checo venceu todos os que disputaram em terra batida.
Na edição do Mutua Madrid Open de 2015 tanto Tomas Berdych como Andy Murray fizeram o seu último encontro tendo Nadal como adversário. A diferença é que o britânico o enfrentou na final, que venceu, e o checo foi por ele derrotado na meia-final (7-6, 6-1). Berdych gostaria de repetir, pelo menos, a sua melhor prestação no Masters da capital espanhola: o jogo do título, há quatro anos, que pendeu para o lado de Roger Federer (3-6, 7-5, 7-5).
Ao bater David Ferrer (7-6, 7-6) o checo chega, pelo sexto ano consecutivo, aos quartos deste torneio em terra batida. Há que reconhecer a sua extraordinária regularidade. O tenista espanhol regressa após lesão mas nem por isso deixou de dar água pela barba ao companheiro do top-10, ao longo das pouco menos que duas horas que durou a partida. Para fechar o primeiro parcial Berdych precisou de cinco pontos de set e no segundo Ferrer ainda conseguiu quebrar o adversário quando o checo servia para fechar o encontro. Curiosamente, nenhum dos dois jogadores esteve famoso no serviço. Berdych só conseguiu meter quarenta e nove por cento dos primeiros serviços, convertendo vinte e oito de trinta e seis pontos com o mesmo.
Já se sabe que Tomas Berdych tem um registo fraco frente a jogadores do top-5 e esta temporada a tendência mantem-se. Não passou por Federer no Open da Austrália (7-6, 6-2, 6-4), nem por Djokovic, tanto na meia-final de Doha (6-3, 7-6) como nos quartos de final do Masters 1000 de Miami (6-3, 6-3). A nota de curiosidade vai para um outro carrasco de estimação. Depois de ser derrotado pelo checo na terceira ronda do Major australiano, Nick Kyrgios parece ter-lhe tirado as medidas e foi responsável pelo seu afastamento em Marseille (6-4, 6-4) e no Dubai (6-4, 6-2).
Andy Murray chegou a Madrid com esperanças de repetir o título conquistado na edição anterior. Em 2015, na Caixa Mágica, o escocês superiorizou-se a Rafa Nadal, em sets diretos (6-3, 6-2). Foi o segundo título nos Masters 1000 de Madrid, depois da vitória em 2008.
É preciso notar que por esta altura, no ano passado, o britânico estava ganhar o seu segundo título da época – o primeiro foi em Munique, também em terra batida – somando ainda presenças nas finais do Open da Austrália e Miami, assim como na semifinal de Indian Wells. Em 2016 ainda não juntou mais troféus ao palmarés e o único resultado dos mencionados que repetiu foi a final em Melbourne que, mais uma vez, Djokovic ganhou. Nos dois Masters dos Estados-Unidos teve saídas precoces diante de adversários que, em circunstâncias normais, não seriam obstáculo. Sem desprimor para Delbonis (6-4, 4-6, 7-6) e Dimitrov (6-7, 6-4, 6-3). Mas Murray foi pai no início de fevereiro e é circunstância bastante para precisar de alguma adaptação, pessoal e profissional.
Em Monte Carlo Andy caiu nos quartos de final, diante de Nadal (2-6, 6-4, 6-2) e o Masters espanhol é o segundo torneio que disputa nesta superfície. Na segunda ronda precisou de se aplicar para dar a volta a Radek Stepanek (7-6, 3-6, 6-1). A partida dos oitavos, frente a Gilles Simon (6-4, 6-2), correu de forma bem mais tranquila. O escocês considerou que nem estava a responder particularmente bem de início mas que à medida que encontrou o seu ritmo foi começando a controlar melhor os pontos.
2015 | Masters de Shanghai | Murray | 2 | 6 | 6 | QF | ||
Berdych | 0 | 1 | 3 | |||||
2015 | Masters de Miami | Murray | 2 | 6 | 6 | SF | ||
Berdych | 0 | 4 | 4 | |||||
2015 | Open da Austrália | Murray | 3 | 6 | 6 | 6 | 7 | SF |
Berdych | 1 | 7 | 0 | 3 | 5 |
Murray lidera os confrontos com Berdych pela margem mínima: sete contra seis. Números a considerar: o checo venceu os três que se deram em terra batida – Roland Garros em 2010, Monte Carlo em 2012 e Masters de Madrid no ano seguinte – mas o escocês ganhou os três últimos, todos em 2015.