Taro Daniel – Stan Wawrinka (Roland Garros)
Stan Wawrinka apanhou um valente susto na ronda inaugural, precisando de cinco sets para dar a volta a Rosol, e agora continua a defesa do título frente a um adversário do top-100. Taro Daniel teve que eliminar Martin Klizan para alcançar pela primeira vez a segunda ronda em Roland Garros.
O tenista japonês tinha ficado pela primeira ronda em 2015 – perdeu com Fernando Verdasco (6-3, 6-4, 6-2) – e assim, aos vinte e três anos, alcança, pela primeira vez a segunda etapa no Major da capital francesa. A progressão não foi fácil. Taro Daniel perdeu os primeiros dois sets frente a Martin Klizan (3-6, 4-6, 6-7, 6-4, 3-0) mas conseguiu reclamar o terceiro, evitando o tie break, e assim manter-se na contenda. O esloveno veio a abandonar o encontro no quinto set, quando já perdia por 3-0, alegando uma nevralgia cervicobraquial que lhe apanhava o lado direito.
Os melhores resultados do nipónico, em 2016, foram os oitavos de final em Montpellier (Baghdatis 6-2, 7-6), Bucareste (Lorenzi 6-2, 6-0) e no Millenium Estoril Open (Carreño Busta 6-4, 7-5). Em Monte Carlo chegou até À segunda ronda, tendo sido afastado por Dominic Thiem (4-6, 6-2, 6-0).
Stan Wawrinka passou por um grande susto e viu a vida mal parada na ronda inaugural de Roland Garros. Lukas Rosol, que Stan tinha derrotado na semana passada na semifinal de Genebra, surpreendeu conseguindo um break no primeiro set e não dando margem ao tenista suíço para reverter a situação. No segundo parcial Wawrinka parecia ter entrado no ritmo certo mas no seguinte o checo voltou a quebrar o serviço do adversário e impediu que o suíço tomasse a liderança logo aí (4-6, 6-1, 3-6, 6-3, 6-4). O próprio número quatro mundial reconheceu que só nos dois sets finais, quando começou a sentir algum cansaço no opositor, deixou de se sentir pressionado a cada ponto.
O suíço defende o título conquistado no ano passado, numa final em que tirou o tapete a Novak Djokovic (4-6, 6-4, 6-3, 6-4). Defende o troféu, o prestígio e também os pontos ganhos nessa altura. É que não se mantem o quarto lugar do ranking sem vencer provas de monta e Wawrinka tem passado ao lado delas este ano. Ganhou o ATP de Geneva, no sábado passado, vencendo na final Marin Cilic (6-4, 7-6), finalmente alcançando o sucesso que há muito desejava na sua terra natal. Foi o terceiro título da temporada, a somar aos de Chennai e do Dubai, derrotando Borna Coric (6-3, 7-5) e Marcus Baghdatis (6-4, 7-5), respetivamente. Mas os eventos de nível superior têm-lhe passado ao lado. Foi afastado precocemente do Open da Austrália por Milos Raonic (6-4, 6-3, 5-7, 4-6, 6-3) e nos Masters 1000 o melhor que conseguiu foram os quartos de final em Monte Carlo, onde cedeu diante de Nadal (6-1, 6-4). Em Miami sucumbiu frente a Kuznetsov (6-4, 6-3) e em Madrid a Kyrgios (7-6, 7-6), ambos na partida de estreia. Em Roma foi ao degrau seguinte, sendo eliminado na segunda ronda por Juan Mónaco (5-7, 6-3, 6-4).
Será a primeira vez que Taro e Wawrinka se defrontam e à partida o suíço é superfavorito. Mas se o japonês está liberto de expetativas, Stan, o campeão em título, está sob enorme pressão para defender os pontos e o estatuto de top-4. Como sabemos, a qualquer momento Wawrinlka pode engatar e ninguém, nem o número um mundial, o para. Mas os apagões, ou uma certa incapacidade para entrar nos encontros, também acontece.