Suécia – Holanda (Mundial 2018)

Para a Suécia e Holanda o início desta fase de qualificação para o Mundial da Rússia representam um virar de página. Para os suecos será o arranque da era pós-Ibrahimovic, com o novo selecionador a defender mais equipa. Os holandeses bateram no fundo ao ficar de fora do Euro 2016 e esta será uma oportunidade para recuperarem algum do seu prestígio. A tarefa, neste Grupo A, não se adivinha fácil.

A saída sem brilho da Suécia do Europeu de França ficou desde logo marcada pela anúncio antecipado de que Zlatan Ibrahimovic faria a última partida com a camisola do seu país. A essa comunicação seguiram-se outras e no fim foram cinco os jogadores nórdicos a abandonar a seleção, incluindo os influentes Andreas Isaksson, Erik Johansson e Kim Kallstrom. Também houve mudança na chefia técnica da equipa sueca. Erik Hamrén, tantas vezes criticado pelo seu estilo conservador e cauteloso deu lugar a Janne Andersson, um treinador conhecido por promover um futebol ofensivo. É um homem de ideias fortes, ainda está por ver se consegue concretizá-las de forma eficaz na seleção sueca. Do ponto de vista da estratégia disse querer que a Suécia se torne muito mais equipa, ao invés de um conjunto de suporte Zlatan. Parece sensato, até porque não se vê nenhum talento particularmente galvanizador na Suécia. E o modelo de uma equipa mais equilibrada, forte em todos os setores, está a ter sucesso na geração que se segue. Mas para já nada indica que Andersson esteja a preparar uma arrojada renovação. É possível que Marcus Rohdén ou Alexander Fransson possam estrear-se pela equipa principal em jogos competitivos, mas pouco provável que o façam de início.

Enquanto a Holanda e outros andavam a fazer jogos-treino, Janne Andersson resolveu levar o plantel sueco para os bosques, para fazerem exercícios de team-building.

Para este primeiro jogo do apuramento para o Mundial da Rússia o selecionador não pode com Albin Ekdall que se encontra lesionado.

Onze Provável: Robin Olsen – Lustig, Lindelof, Granqvist, Wendt – Durmaz, Hiljmark, Lewicki, Forsberg – Berg, Guidetti.

A Holanda também procura uma nova vida nesta partida que marca o arranque da qualificação para o Mundial de 2018. A laranja-mecânica andou perra e falhou o apuramento para França, o primeiro euro a vinte e quatro. Foi um escândalo inesperado e um rude golpe no prestígio que a seleção holandesa se habituou a gozar no contexto europeu. Em consequência desse afastamento, os holandeses somam apenas amigáveis em 2016.

Na  quinta-feira a equipa perdeu o jogo de preparação em Eindhoven, frente à Grécia (1-2), sinal pouco animador para quem se prepara para virar a página. Foi Georginio Wijnaldum quem abriu o marcador ainda dentro do primeiro quarto de hora. Mas Mitroglou e Giannotas anularam o esforço do médio do Liverpool e viraram o resultado. De facto, a seleção grega pareceu das duas a mais estruturada e eficaz, apostando no contra-ataque e nos erros adversários. Já a Holanda sentiu granes dificuldades em aproveitar as oportunidades que foi criando. Ressalve-se a participação de Vincent Janssen, muito ativo no encontro, embora sem sucesso.

A média de idades da convocatória não chega ao s vinte e cinco anos mas isso não serve de desculpa. De facto, não se nota grande evolução nesta equipa holandesa. Partindo do princípio que a França é a principal favorita a vencer o Grupo A, a Holanda vai ter muitas dificuldades para se superiorizar a Suécia, e atá à Bulgária, para garantir um lugar no play-off.

Onze provável: Cillessen – Veltman, Van Djik, Blind, SWillems – Wijnaldum, Stootman, Sneijder – Berghuis, Janssen, Promes.

	Suécia	3-2	Holanda	Euro 2012 (Q)
	Holanda	4-1	Suécia	Euro 2012 (Q)

Na qualificação para o Euro 2012, última vez que Suécia e Holanda se cruzaram, cada seleção venceu o jogo realizado no respetivo país.