Holanda – Suécia (Mundial 2018)
O jogo que se esperaria decidisse o segundo lugar, acaba por ter maior preponderância para a decisão do primeiro lugar do Grupo A. Porquê? Para a Holanda ainda conseguir entrar no play off necessitaria de vencer a Suécia por 7-0, recuperando dessa forma de um goal average negativo em comparação com o seu adversário desta terça-feira. Assim sendo, o interesse da Suécia em ainda vir a conseguir subir ao primeiro lugar, acompanhando à distância aquilo que a França vá fazendo frente à Bielorrússia, acaba por se tornar mais importante.
Para a Holanda, é mais uma fase de qualificação marcada pela descrença. Os resultados não aparecem, algo preocupante para uma seleção de um país que continua a ser referência no futebol europeu, mas o que fere, realmente, é o futebol apresentado por esta equipa. Na partida do passado sábado, na Bielorrússia, ficou clara a desconexão entre os diferentes sectores, com a Laranja Mecânica a abordar o momento ofensivo quase sempre por fora do bloco do adversário, sem capacidade para levar a bola para zonas de finalização. A vitória só foi garantida nos momentos finais do encontro, com uma grande penalidade de Robben a desbloquear o acerto defensivo do rival, pouco, muito pouco, para uma equipa que desejava reduzir a diferença de golos para a Suécia. Dick Advocaat terá uma missão a continuar no próximo Europeu, onde o alargado número de seleções apuradas poderá facilitar a recuperação mental deste conjunto. Mas, uma vez mais, fundamental será encontrar maneira de estabilizar emocionalmente o estilo de jogo que permita à Holanda enfrentar, sem receios, o regresso à elite do futebol mundial.
Onze Provável: Cillessen – Janmaat, van Dijk, Rekik, Blind – Wijnaldum, Propper, Vilhena – Robben, Janssen, Babel.
A Suécia sentirá ter o segundo lugar praticamente garantido, atacando neste último encontro a possibilidade de ser o primeiro classificado do Grupo A. A expectativa passará, sempre, por ter a França a falhar num jogo onde tem tudo a seu favor, mas não deixará de fazer a diferença, para os suecos, o garantirem que tudo fizeram para terminar na frente. A confiança deste conjunto sentiu-se, desde logo, na forma como assumiram a partida frente ao Luxemburgo como um jogo para fazer uma demonstração de força. Goleando uma equipa que vinha conseguindo travar esse tipo de acontecimentos na sua história recente, a Suécia eliminou quase todas as dúvidas que pudessem subsistir acerca do seu poderio. O seu caso é particularmente interessante, tendo em conta que no final do Euro 2016, Zlatan Ibrahimovic, a sua grande referência, deixou a seleção. Mas em lugar de lamentação e luto, a reorganização da equipa com base numa geração mais jovem permitiu, até, que a Suécia apresente neste momento um futebol mais sólido e menos dependente do génio de Zlatan. Para o confirmar, uma vitória na Holanda seria, sem dúvida alguma, a cereja no topo do bolo.
Onze Provável: Olsen – Lustig, Lindelof, Granqvist, Augustinsson – Claesson, Larsson, Johansson, Forsberg – Toivonen, Berg.
A sucessão de jogos mais recentes entre as duas seleções tem sido marcado pelos golos obtidos por ambas as equipas e uma tendência para quem joga em casa vencer.
Quebrar essa tendência é o objectivo de uma Suécia que ainda alimenta o sonho de estar no Mundial sem ter que passar pelo play off.
