Senegal – Zimbabwé (Taça das Nações Africanas)
A segunda jornada do grupo B da Taça das Nações Africanas opõe dois adversários que tiveram sortes distintas na ronda inaugural da competição. O Senegal venceu a Tunísia por duas bolas a zero e conquistou três importantes pontos na luta pelo acesso aos quartos-de-final, enquanto o Zimbabwé alcançou um empate com muito mérito diante da Argélia, uma das seleções que aspiram a chegar longe na competição que decorre no Gabão.
O equilíbrio dominou a jornada inaugural da Taça das Nações Africanas, de tal forma que a vitória do Senegal frente à Tunísia por duas bolas a zero constituiu o resultado mais dilatado da ronda. Os golos de Sadio Mané (grande penalidade) e Kara Mbodji na primeira meia hora do encontro sentenciaram o desafio e os tunisinos não foram suficientemente capazes no capítulo da finalização (tiveram várias oportunidades no segundo tempo) para anularem a vantagem senegalesa. epois de ter brilhado na fase de qualificação com seis vitórias em outros tantos jogos, o Senegal voltou a encontrar-se com o sucesso em tarde de estreia na fase final da CAN 2017 e fê-lo sobretudo graças a uma grande exibição na primeira parte.
Embora não conte com nenhum troféu da Taça das Nações Africanas no seu palmarés, a seleção senegalesa é tida como uma das favoritas a chegar longe na atual edição da prova, sobretudo pela capacidade ofensiva que possui. Sadio Mané, Moussa Sow, Diouf ou Keita Baldé são garantia de qualidade no último terço da formação orientada por Aliou Cissé, ex-internacional que foi finalista da prova em 2002 e não se pode queixar de falta de recursos para o ataque. Kalidou Koulibaly, do Nápoles, é a principal referência do setor defensivo.
Onze Provável: Diallo, Mbodji,Gassama, Koulibaly, Mbengue, Gueye, Ndiaye, Kouyate, Mané, Keita, Diouf
O Zimbabwé, presumível elo mais fraco deste grupo B da Taça das Nações Africanas, protagonizou uma das surpresas da jornada inaugural ao travar a congénere argelina, seleção que possui aspirações relativamente à vitória final. A cumprir a terceira presença na fase final de uma competição desta importância, a representante de uma nação em que o futebol tem sido noticiado pelas piores razões (escândalos de corrupção) empatou a duas bolas com os argelinos. Mahrez deu vantagem aos homens do Magrebe, Kudakwashe Mahachi empatou volvidos cinco minutos (17′) e Nyasha Mushekwi deu vantagem à equipa treinada por Kalista Pasuwa aos 29 minutos, na conversão de uma grande penalidade. O segundo golo de Riyad Mahrez, eleito pela CAF melhor jogador africano de 2016, valeu uma divisão de pontos que não deixa de ser surpreendente.
O ponto conquistado aos argelinos motiva a equipa do Zimbabwé, mas não mascara as debilidades de uma equipa que dificilmente voltará a repetir a façanha nesta segunda jornada. O trinco Marvelous Nakamba (Vitesse) e o avançado Knowledge Musona (Oostende) são os dois elementos mais mediáticos deste conjunto, maioritariamente composto por jogadores que olham para esta participação na Taça das Nações Africanas como uma oportunidade de ouro (e provavelmente única) para se mostrarem à Europa.
Onze Provável: Mukuruva, Muriowa, Zvirekwi, Costa, Bhasera, Billiat, Musona, Phiri, Mahachi, Katsande, Mushekwi
O último embate entre Zimbabwé e Senegal em contexto oficial aconteceu há 11 anos, na CAN 2006 e os senegaleses levaram a melhor por duas bolas a zero. A equipa do Senegal volta a ser favorita à conquista dos três pontos nesta ocasião.
