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SC Braga – Moreirense (Taça da Liga)

O estádio do Algarve acolhe a decisão da Taça da Liga 2016/17, edição da prova marcada pela adopção do novo formato de “final-four”. Independentemente do desfecho, o troféu viajará para o norte de Portugal, uma vez que a final coloca frente a frente Braga e Moreirense.

O Sporting Clube de Braga é um dos únicos três emblemas portugueses que já conquistaram pelo menos uma edição da Taça da Liga. Após a vitória frente ao Futebol Clube do Porto em 2012/13 no estádio Municipal de Coimbra, a equipa arsenalista tem uma boa oportunidade para levantar o troféu novamente. Na conferência de imprensa de antevisão à “final-four” da competição, o técnico Jorge Simão atribuiu grande importância à possibilidade de a sua equipa conquistar a competição, sustentando que é através deste tipo de conquistas que o clube crescerá na elite naconal. Os arsenalistas abordam a final com expectativa e querem voltar a conquistar um título nacional, isto depois da conquista da Taça de Portugal na última época.

Em comparação com o Moreirense, adversário nesta final, o Braga teve um percurso mais “simpático” nesta Taça da Liga, prova que realizou na íntegra sob as ordens de Jorge Simão, sucessor de José Peseiro. No grupo C da competição juntamente com Rio Ave, Marítimo e Sporting da Covilhã, a equipa minhota terminou com os mesmos seis pontos que a formação vilacondense, mas a diferença no capítulo do “goal average” fez a diferença. Nas “meias” da Taça da Liga, frente ao Vitória de Setúbal, os bracarenses venceram por três bolas a zero numa partida em que os “guerreiros do Minho” foram o conjunto mais esclarecido em campo, demonstrando maior maturidade nu contexto de decisão. Pedro Santos (13′), Nikola Stojiljkovic (66′) e Rodrigo Pinho (87′) deram expressão ao marcador numa noite em que o SC Braga foi a melhor equipa em campo apesar dos bons apontamentos deixados pelos sadinos. Em relação ao Moreirense, o SC Braga teve mais um dia de descanso, uma vez que entrou em ação 24 horas antes da equipa de Moreira de Cónegos.

Onze Provável: Matheus Magalhães, Baiano, Lazar Rosic, Artur Jorge, Paulinho, Battaglia, Xeka, Ricardo Horta, Pedro Santos, Nikola Stojiljkovic, Rui Fonte

taça da ligaO Moreirense fica para a história como grande sensação da Taça da Liga 2016/17. Depois de ter garantido um lugar nas meias-finais ao vencer o grupo B onde também estava o FC Porto – relembre-se que os minhotos venceram os dragões (1-0) no estádio Comendador Joaquim Almeida de Freitas -, impôs-se surpreendentemente ao SL Benfica, nada mais nada menos que o atual tricampeão nacional e vencedor das últimas três edições do troféu.

No Algarve, a noite até começou de feição para os “encarnados”, que rapidamente se colocaram em vantagem graças a um golo de “Toto” Salvio. O Moreirense aguentou a diferença miníma até ao intervalo e, no regresso aos relvados, Augusto Inácio lançou Fernando Alexandre para acrescentar consistência ao meio-campo e Ousmane Dramé para ganhar velocidade e poderio físico no ataque. O francês Dramé empatou a partida logo nos primeiros instantes da etapa complementar e Emmanuel Boateng concluiu a “cambalhota” no marcados aos 54 minutos de jogo. A entrada do Moreirense nos segundos 45 minutos contrastou em absoluto com a postura do Benfica, apático, a perder jogo a meio-campo, com muitas dificuldades em encurtar o espaço entre setores (defesa – meio-campo) e com claras debilidades no controlo da profundidade. Em desvantagem, o Benfica subiu o bloco mas continuou a ter muitas dificuldades em controlar a profundidade. Os dianteiros do Moreirense exploraram bem o espaço nas costas da defesa “encarnada” e Emmanuel Boateng dilatou a vantagem para 3-1. O marcador não mais se alteraria até final, pese embora a insistência da equipa benfiquista que atiou aos ferros da baliza defendida pelo georgiano Giorgi Makaridze em duas ocasiões.

Os adeptos da equipa de Moreira de Cónegos têm razões para acreditar na conquista do troféu. A reação da equipa à desvantagem, a postura sem bola e a capacidade demonstrada em transição defesa-ataque são argumentos dominados pela equipa que veste ao xadrez verde e branco e que podem ser importantes neste desafio.

Onze Provável: Giorgi Makaridze, Tiago Almeida, Diego Ivo, Diego Galo, Jander, Cauê, Francisco Geraldes, Fernando Alexandre, Daniel Podence, Emmanuel Boateng, Ousmane Dramé

Braga e Moreirense vão defrontar-se pela segunda vez na atual temporada. No primeiro duelo, o Braga levou a melhor na Pedreira por duas bolas a uma, depois de ter estado a perder. A final é sempre um jogo à parte e ambas as equipas possuem argumentos para conquistar o troféu, embora os bracarenses gozem de algum favoritismo à entrada para este desafio. O Moreirense só venceu uma vez o Braga (Superliga 2004/05).

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