San Antonio Spurs – Miami Heat (NBA Finals)

O jogo 5 será o momento de todas as decisões na final da NBA. Quem vencer esta partida terá, seguidamente, duas oportunidades para fechar as contas do título a seu favor. Caso sejam os San Antonio Spurs, terão que alcançar essa vitória decisiva no pavilhão do seu adversário. Já se forem os Miami Heat a vencer esta noite, poucas dúvidas haverá de que alcançarão o título em sua casa.

A verdade é que a equipa de Miami pareceu acordar no último encontro, quando bateu os San Antonio por 93-109. Com LeBron James e Dwyane Wade acima dos 30 pontos e Chris Bosh a somar 20 pontos, os atuais campeões deram uma excelente imagem daquilo que pretendem fazer para conseguir repetir a dose. Não havia dúvidas, no entanto, de que estes jogadores podiam ser decisivos em algum passo destas finais. Mas era preciso que eles próprios o demonstrassem, como demonstraram, não permitindo aos Spurs quaisquer veleidades de conseguir, assim, ainda garantir o título no Texas.

Para a equipa dos San Antonio Spurs as dificuldades cresceram bastante, começando logo com uma alteração no cinco inicial de Erik Spoelstra, que colocou Mike Miller em campo no lugar de Udonis Haslem. LeBron James passou, definitivamente, a ter um papel fundamental no jogo interior da sua equipa, como sempre tem tido, para além de Spoelstra mostrar exigência ao seu jogo exterior, oferecendo mais bola aos lançadores. Com essa mudança, a defesa dos Spurs perdeu parte do equilíbrio que a vinha definindo, abrindo muito espaço para que LeBron e Dwyane pudessem lançar dentro do perímetro. Os dois tiveram, em conjunto, 48 oportunidades de lançamento de dois pontos, com LeBron James a somar 14 em 23 e Dwyane Wade a somar 14 em 25.

Outro ponto curioso desta partida teve que ver com o facto de, deixando de fora Chris Andersen, que não foi utilizado, os Miami Heat conseguiram estar mais eficazes no capítulo dos ressaltos, superando assim a equipa texana.

O que falhou no conjunto dos Spurs, poderá perguntar-se. Na verdade, parece ter sido a confluência de dois dados, ambos esperados. O primeiro, perante a vantagem conseguida com o resultado do jogo anterior e perante alguns problemas físicos, Gregg Popovich baixou a intensidade do seu jogo. Tony Parker lida com a lesão o melhor que pode, mas este jogo foi também uma oportunidade para rodar os componentes do jogo interior, com Splitter a jogar apenas 14 minutos, vendo a sua posição ocupada ora por Diaw, ora por Blair, numa operação que pareceu visar, sobretudo, o descanso das suas peças de jogo. Danny Green e Gary Neal voltaram a estar num bom nível no tiro exterior, mas isso não terá sido suficiente para equilibrar as contas com os poderosos Miami Heat, que aproveitaram esta partida para colocar todo o seu fogo em campo.

No quinto jogo, veremos quais as consequências das decisões de ambas as equipas. Pelo lado dos Miami Heat, veremos se há capacidade para manter o elevado ritmo de jogo. Pelo lado dos Spurs, depois de um jogo mais lento, costuma aparecer uma equipa de energia renovada. O que é certo é que este é mesmo o momento de ambos os conjuntos colocarem as suas melhores cartas na mesa de jogo.

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