República da Irlanda – Bósnia-Herzegovina (Euro 2016)
Tudo em aberto para a segunda mão. O empate a um golo em Zenica, na Bósnia, remete a decisão da eliminatória para o encontro de Dublin. Os homens da casa entrarão no relvado em vantagem graças ao golo apontado por Robbie Brady. No entanto, a Bósnia viaja com o intuito de dar a volta ao texto e já demonstrou possuir argumentos suficientes para conseguir carimbar o passaporte para o europeu de França.
O empate a um golo não satisfez Mehmed Bazdarevic, seleccionador bósnio que afirmou estar insatisfeito com o resultado bem como com a prestação rubricada pela equipa ao longo dos 90 minutos. A Bósnia teve mais bola (63%), rematou mais (11 tentativas) mas só conseguiu marcar por intermédio de Edin Dzeko a sensivelmente cinco minutos dos 90, pouco depois de ter consentido o golo irlandês. O intenso nevoeiro que se abateu sobre o Bilino Polje condicionou o jogo sobretudo na segunda parte. Segundo relatos da imprensa, vários adeptos presentes no estádios nem sequer foram capazes de ver o golo apontado por Brady devido ao nevoeiro que pairava sobre a área da Bósnia.
Em vantagem na eliminatória, os adeptos irlandeses estão em êxtase com a perspetiva de voltarem a marcar presença na fase final de uma grande competição continental. A julgar pelas prestações rubricadas em casa ao longo da fase de grupos, têm todas as razões para estarem optimistas: A República da Irlanda não perdeu qualquer encontro a jogar em casa. Impôs, inclusive, um desaire à poderosa Alemanha (1-0) que se revelou decisivo nesta campanha. Após o encontro em Zenica, Ciaran Clark teceu elogios à exibição da equipa do ponto de vista defensivo. A consistência demonstrada pelo setor no qual alinha agradou a Clark. A jogar em casa, a República da Irlanda nunca ficou em branco durante esta fase de qualificação. Em cinco jogos disputados em casa, só Polónia e Escócia foram capazes de celebrar um golo em território irlandês. Manter a baliza que presumivelmente estará à guarda de Randolph inviolável seria importante para o desfecho da eliminatória.
O seleccionador Martin O’neill poderá contar com alguns “reforços” para esta segunda mão. Jon Walters, John O’Shea e Shane Long poderão voltar às opções do técnico.
Onze Provável: Randolph, Coleman, Keogh, Clark, Ward, Whelan, McCharthy, Hendrick, Brady, Hoolahan, Long.
Embora esteja em desvantagem, fica a certeza de que esta situação não faz com que a Bósnia atire a toalha ao chão. Ciente de que tem que fazer golos se quiser garantir o direito a estar no Europeu de França, perspetiva-se que adote uma postura ofensiva, disputando o jogo olhos nos olhos com a Irlanda. Nesse sentido, não se esperam alterações significativas em relação à equipa apresentada no primeiro jogo. Bazdarevic não perdeu qualquer unidade devido a castigo ou lesão. A Bósnia precisará de fazer melhor a jogar fora de casa que na fase de grupos se quiser seguir para França. Afinal, nos três compromissos diante das seleções de maior valia, não conseguiu ganhar: País de Gales (0-0), Israel (3-0), Bélgica (3-1).
Onze Provável: Begovic – Mujdza, Sunjic, Spahic, Zukanovic – Pjanic, Cocalic, Visca, Lulic – Ibisevic, Dzeko.
A Bósnia viaja até à República da Irlanda ciente de que precisa de marcar para aspirar a seguir para a fase final. A vantagem da seleção da casa é tangencial, pelo que os irlandeses decerto que entrarão com o intuito de ganhar o jogo. Embora o empate a zero até sirva os interesses da casa, a intranquilidade que o mesmo proporciona não se coaduna com aquilo que os comandados de O’neill ambicionam para este jogo. Tal como na primeira mão, ver ambas as equipas chegarem ao golo é um cenário plausível.