Racing Club – Atlético Mineiro (Taça Libertadores)
O “Clindro” de Avellaneda acolhe o encontro entre Racing Club e Atlético Mineiro, relativo à 1ª mão dos oitavos-de-final da Copa Libertadores. O histórico argentino quer tirar partido do factor casa para ganhar vantagem numa eliminatória que se perspetiva equilibrada, frente a um adversário brasileiro que que terminou a primeira fase na liderança do grupo 5.
O Racing Club está a protagonizar uma campanha modesta na Primera División argentina, tanto que já está a 14 pontos do líder Lanús quando estão decorridas 12 jornadas. Com 17 pontos conquistados em 36 possíveis, é o melhor ataque da competição (25 golos marcados) e simultaneamente a pior defesa (24 golos sofridos), estatística que nos elucida quanto à identidade desta equipa. No domingo, empatou sem golos no clássico com o Independiente.
Apesar de estarmos perante a equipa que provavelmente está munida dos melhores argumentos no último terço nesta Libertadores – onde pontificam atletas como Lisandro López, Diego Milito, Gustavo Bou ou Roger Martínez – apresenta fragilidades do ponto de vista defensivo. É uma equipa que ataca com muitos, embora seja habitual adoptar uma postura mais conservadora quando atua para a competição continental. Exceptuando a receção ao Boca Juniors, o Racing Club triunfou nos jogos que disputou em casa diante de Bolívar (4-1) e Deportivo Calí (4-2). Seguiu para os oitavos-de-final depois de terminar na segunda posição do grupo 3, com 9 pontos em seis jogos.
A conjuntura desfavorável a nível interno faz com que os esforços do histórico argentino se concentrem na disputa da Libertadores. Facundo Sava deverá optar poe escalonar a equipa em 4-4-2, até porque Gustavo Bou é baixa confirmada. Na frente de ataque, duvida quanto à utilização de Diego Milito ou Roger Martínez.
Onze Provável: Saja; Pillut, Vittor, Sanchez, Grini Acuña, Videla, Agued, Romero; Lisandro Lopez e Milito
Apurado para a final do campeonato Mineiro 2016, o Atlético quer dar continuidade ao momento positivo que atravessa. O “Galo” alcançou o “mata-mata” na condição de líder do grupo 5 com dois pontos de vantagem (13/11) em relação ao Independiente del Valle, única formação que conseguiu derrotar a equipa brasileira (3-2). Fora de casa, o Atlético venceu o Melgar no Perú (1-2), empatou sem golos com o Colo-Colo e saiu derrotado na designada deslocação ao Equador.
À imagem do que acontece com o Racing Club, o Atlético Mineiro também possui individualidades interessantes no setor ofensivo. Apresenta uma média de dois golos marcados por jogo na Libertadores 2016, dado que nos merece relevo. Em noite de deslocação ao “Cilindro”, o Atlético está ciente de que empatar já será um resultado satisfatório. Se conseguir fazê-lo com golos, tanto melhor. O emblema mineiro inspira-se no exemplo do Boca Juniors à entrada para este desafio, uma vez que o “Xeneize” venceram (0-1) na deslocação a Avellaneda aquando da última ronda da fase de grupos.
Carlos Eduardo, Capixaba e Clayton são as três novidades na lista de convocados, atletas que herdaram as vagas deixadas por Dodô, Henrique e Thiago Ribeiro.
Onze Provável: Victor, Marcos Rocha, Leonardo Silva, Frickson Erazo, Douglas, Rafael Carioca, Júniors Urso, Leandro Donizete, Jesús Dátolo, Robinho, Lucas Pratto
É difícil definir um favorito à entrada para esta eliminatória. Relativamente a este jogo em concreto, na Argentina, parece-nos justo considerar que a balança pende para o lado do Racing, conjunto que joga em casa e tem maior responsabilidade sobre os ombros. Devido à forte chuva que caiu em Buenos Aires nos últimos dias, o relvado poderá não estar nas melhores condições. Ainda que esteja privado de Bou, “artilheiro” da última edição da Libertadores, o Racing possui qualidade suficiente na frente de ataque para causar estragos na defesa brasileira.