De Oeste para Este, do “derby” para o “clássico”. A península Ibérica acolhe dois grandes jogos no fim-de-semana que se aproxima. Em Alvalade, Sporting e Benfica defrontam-se no “derby” da capital, ao passo que o Santiago Bernabéu, em Madrid, recebe o eletrizante embate entre os rivais Real Madrid e Barcelona.
Sporting quer tirar liderança às “águias”
As contas do título nacional passam por Alvalade, mesmo com o Sporting arredado da luta. A velha máxima é clara: “Um derby é sempre um derby”, isto numa altura em que a rivalidade entre os dois clubes, acicatada por dirigentes e comentadores, tem provocado episódios que ultrapassam os limites do razoável.
O Benfica vai a Alvalade defender o estatuto de líder e o empate portista em Braga permite que a equipa “encarnada” cumpra esse objetivo com um empate. A jogar em casa e menos pressionado, o Sporting ambiciona complicar as contas ao rival que mora do outro lado da Segunda Circular, pretendendo “vingar” o desaire averbado na última época com um tento solitário de Kostas Mitroglou, decisivo no que diz respeito ao desfecho final do campeonato.
Vitorioso nos últimos cinco jogos que disputou para o campeonato, o Sporting continua a alimentar esperanças quanto à possibilidade de terminar na segunda posição, rejeitando conformar-se com o terceiro e último lugar do pódio. Sem grande pressão sobre os ombros sobretudo desde que perdeu na deslocação ao estádio do Dragão, o Sporting tem apresentado novas soluções nos últimos jogos, com Jorge Jesus a aproveitar o contexto para lançar alguns jovens na equipa e preparar o futuro da equipa a médio prazo. Zeegelaar é a única baixa por suspensão, com Esgaio e Jefferson na “calha” para ocupar o lugar. A melhor novidade que Jorge Jesus poderia ter prende-se com o possível regresso de Adrien ao “miolo” sportinguista, jogador que tem o condão de melhorar o jogo da equipa, desempenhando um papel importante com e sem bola. O capitão leonino trabalha com o intuito de se apresentar no “derby” na melhor forma possível, ele que não joga desde a vitória caseira frente ao Rio Ave (1-0). Alan Ruiz, em claro crescendo de forma, poderá ser uma arma letal para este encontro.
Do lado “encarnado”, Jonas volta a ser preocupação. O avançado abandonou o duelo com o Marítimo muito queixoso e tenta recuperar a tempo da deslocação a Alvalade, tal e qual como Raúl Jiménez. Independentemente da constituição da equipa, Kostas Mitroglou, grego que sentenciou o “derby” da época passada, deverá constar nas opções de Rui Vitória, podendo até ser ladeado por Rafa – Cervi atuou numa posição mais central frente ao Estoril, para a Taça, mas é escolha altamente improvável. Se Jorge Jesus vê o regresso de Adrien com agrado, o mesmo se poderá dizer relativamente a Rui Vitória e a possibilidade de utilizar Pizzi, jogador que anda na “corda bamba” há algumas jornadas devido à questão dos amarelos. Neste desafio, poderá ser bem mais agressivo que nos últimos jogos, coadjuvando Fejsa, uma vez que o meio-campo deverá manter-se, descurando a utilização de Samaris de início.
Real de olhos postos no título

Foto: “Alex Caparros/Getty Images”
É impossível abordar o “clássico” espanhol de outra forma: O Santiago Bernabéu recebe um duelo decisivo no que diz respeito à conquista do título. Caso o Real Madrid consiga superiorizar-se ao Barcelona, fica com um mão no troféu. A conquista dos três pontos permitiria ao conjunto da capital garantir uma vantagem de seis pontos, ficando ainda com um jogo em atraso.
Como de costume, os quartos-de-final da Liga dos Campeões passaram tanto pelo Bernabéu como por Camp Nou. Em Madrid, o Real Madrid foi até às últimas consequências para eliminar o Bayern de Munique, numa partida envolta em polémica na qual Cristiano Ronaldo foi estrela maior, “aquecendo” para um clássico em que provavelmente já terá companhia de Gareth Bale na frente de ataque. O aproximar do compromisso com o Barcelona implicou a gestão da equipa por parte de Zinedine Zidane, à imagem do que já tinha acontecido frente ao Sporting Gijón.
Em Camp Nou, o Barcelona foi incapaz de ultrapassar a “parede juventina”, quando precisava de fazê-lo pelo menos três vezes para, no mínimo, levar a discussão para prolongamento. Os adeptos presentes no coliseu catalão aplaudiram a prestação da equipa, crentes de que é possível ir a Madrid vencer. Se o Barcelona quer renovar o título de campeão, precisa, invariavelmente, de vencer no Bernabéu. Luis Enrique não poderá utilizar Neymar, suspenso desde o encontro em Málaga, rude golpe nas aspirações da formação da “Cidade Condal”.
Boas Apostas!